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Você tem notado mudanças no comportamento do seu filho ultimamente? Já se perguntou se ele poderia estar lidando com estresse?

Como crianças pequenas não conseguem explicar bem o que sentem, acabam mostrando isso de maneiras físicas. Esses sinais de estresse em crianças são difíceis de perceber, então pais e especialistas podem demorar um pouco para entender que a mudança de comportamento ou a dor estão ligadas ao estresse.

Portanto, compreender os indicadores das transformações em seu filho é fundamental para proporcionar o suporte adequado. A seguir, apresento 5 sinais para identificar o estresse em crianças:

1. Mudanças de comportamento

Quando uma criança muda repentinamente sua rotina, pode ser sinal de estresse. Isso pode se manifestar de diversas formas. Por exemplo, a criança pode ficar mais irritada do que o habitual, reagindo de maneira exagerada a situações que normalmente não a afetariam.

A agitação também é um sinal a ser observado: se a criança parece agitada, incomodada e incapaz de ficar quieta, isso pode ser um reflexo do estresse que está enfrentando.

Além disso, se a criança começar a evitar atividades sociais e interações com amigos e familiares, isso pode indicar que ela está enfrentando estresse emocional. Essa retração pode ser uma forma de lidar com emoções, mas também pode levar ao isolamento, tornando difícil para os adultos entenderem a situação.

Portanto, é essencial observar essas alterações no comportamento para identificar os sinais de estresse nas crianças. Isso possibilitará que os pais e educadores proporcionem o apoio necessário, auxiliando o pequeno a lidar de forma saudável com as emoções que ele está enfrentando.

2. Sintomas físicos não explicados

Às vezes, o corpo se expressa mais do que as palavras, especialmente em crianças. Aparecem dores de estômago inesperadas, dores de cabeça frequentes e outros desconfortos estranhos, possivelmente tentando transmitir algo. Esses sintomas podem ser maneiras incomuns que as crianças usam para comunicar: “Algo está me afetando, mas não sei exatamente o que é.”

Ao invés de simplesmente descartar esses sintomas como problemas de saúde isolados, os pais devem considerar a possibilidade de que esses sintomas estejam relacionados ao bem-estar emocional da criança.

Nesses momentos, o diálogo aberto e o apoio dos pais podem fazer toda a diferença. Criar um ambiente onde as crianças se sintam confortáveis para compartilhar seus pensamentos e sentimentos sem julgamento é fundamental.

Além disso, compartilhar histórias sobre coisas que aconteceram com outras pessoas ou mostrar situações parecidas pode ajudar a criança a se sentir mais confortável. Por exemplo, se a criança estiver com medo de ir ao médico, você pode contar como um amigo teve medo antes de uma consulta e depois percebeu que não era tão assustador.

Isso pode ajudar a criança a perceber que é normal ter esses sentimentos e que muitas pessoas passam por situações parecidas. Isso pode fazer com que ela se sinta menos sozinha e mais capaz de lidar com seus próprios medos.

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3. Dificuldades escolares ou sociais

Se a criança estiver passando por dificuldades na escola, como notas baixas ou compreensão limitada da matéria, ou se estiver enfrentando desafios para fazer amizades ou interagir com colegas, o estresse pode ser uma das razões por trás dessas situações.

Por exemplo, se a criança estiver com dificuldades em matemática, isso pode causar frustração e ansiedade, levando a sintomas como dores de estômago ou irritabilidade. Da mesma forma, se a criança estiver se sentindo excluída ou com medo de não ser aceita pelos colegas, isso também pode causar um impacto emocional que se manifesta através de sintomas físicos.

Nesses casos, é importante conversar com seu filho para entender o que está acontecendo e como ele se sente em relação à escola e às relações sociais.

4. Alterações no sono ou na alimentação

Distúrbios do sono, como insônia e pesadelos, também podem ser indicadores de que a criança está enfrentando situações de estresse. A insônia pode se manifestar como dificuldade em adormecer, acordar durante a noite ou acordar muito cedo pela manhã. Pesadelos recorrentes ou intensos também podem sugerir que a criança está lidando com emoções difíceis.

No que diz respeito à alimentação, o estresse pode causar variações nos hábitos alimentares das crianças. Algumas podem perder o apetite, resultando em perda de peso e diminuição da energia. Em contraste, outras crianças podem recorrer à comida como forma de enfrentar o estresse, levando a um aumento excessivo do apetite e possível ganho de peso. Tais alterações podem se traduzir em desinteresse por alimentos anteriormente apreciados ou preferência por opções altamente calóricas.

Ensinar técnicas de relaxamento, como a respiração profunda ou meditação leve, pode ajudar a criança a enfrentar o estresse de maneira saudável. Além disso, manter uma rotina consistente de sono e alimentação pode contribuir para criar uma sensação de estabilidade e controle.

Se as mudanças no sono, nos hábitos alimentares ou outros sinais de estresse persistirem ou se agravarem, é aconselhável buscar ajuda profissional.

5. Regressão comportamental

Às vezes, quando as crianças estão se sentindo estressadas, elas podem começar a agir de maneira parecida com quando eram mais novas. Isso é chamado de “regressão comportamental”.

Isso significa que elas podem voltar a fazer coisas que costumavam fazer quando eram menores, mesmo que já tenham crescido. Isso acontece porque o estresse pode fazer com que elas se sintam inseguras, e agir como costumavam quando eram mais novas as faz sentir mais confortáveis.

Por exemplo, podem voltar a chupar o dedo, ter birras ou querer ajuda para tarefas que já sabiam fazer sozinhas. É importante entender que essa mudança no comportamento pode ser uma forma de lidar com o estresse. Nesses momentos, é bom ser paciente e dar apoio à criança para ajudá-la a enfrentar o que está sentindo.

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