5 minutos de leitura

Imagine a seguinte situação: um pai está no supermercado com seu filho e ele começa a fazer birra e escândalo porque quer comprar um doce que o pai não pode ou não quer comprar. Ele já explicou para a criança que não vai levar, mas ela insiste e começa a gritar cada vez mais alto.

Aquilo basta para deixar o pai muitooo estressado e com sentimento de raiva. Suas pálpebras começam a tremer, seus bastimentos cardíacos ficam acelerados e ele até apresenta sinais de agressividade verbal e física.

Essa é uma cena real, descrita por especialistas, de Transtorno Explosivo Intermitente, mais conhecido como TEI. Trata-se de uma alteração psiquiátrica, também chamada de Síndrome de Hulk, em homenagem ao personagem da Marvel. 

Segundo especialistas, pessoas com esse transtorno apresentam reações intensas de fúria completamente desproporcionais às situações que sentem nervoso. São pessoas com dificuldades de gerenciar a raiva e qualquer incidente pode detonar um ataque de fúria.

O que é a Síndrome de Hulk? 

A Síndrome de Hulk é um transtorno marcado por um comportamento impulsivo e agressivo, que faz com que a pessoa aja de forma exagerada e desproporcional quando se sente irritada ou incomodada.

Segundo pesquisa realizada pela Associação Americana de Psiquiatria (APA), cerca de 2,7% da população dos Estados Unidos apresenta o transtorno, sendo que grande parte das pessoas afetadas são indivíduos com baixo nível de escolaridade e idade entre 16 e 35 anos.

Estima-se que aproximadamente 6,2 milhões de brasileiros, correspondendo a cerca de 3% da população, sofram com a Síndrome de Hulk. Além disso, há uma proporção de três homens para cada mulher que apresenta esse distúrbio.

Geralmente, ela pode ser diagnosticada a partir dos 6 anos, sendo que antes disso, os sintomas podem ser confundidos com hiperatividade. Estima-se que os sintomas atinjam o ápice por volta dos 18 anos.

Veja também: 8 erros comuns dos pais ao interpretar o comportamento dos filhos

3 tipos de pais prejudiciais para evitar se torna

Sintomas da Síndrome de Hulk

Foto: Freepik

Embora nem todas as pessoas que experimentam raiva apresentem a Síndrome de Hulk, existem certos sinais que podem estar relacionados. São eles:

  • Surtos de raiva repentinos que não há como controlar
  • Suor com intensidade, sentir formigamento e batimentos cardíacos acelerados
  • Falta de paciência e irritabilidade constantes
  • Apresentar tremores musculares
  • Ameaças verbais e apresentar agressividade física a pessoas, objetos e animais
  • Sentir-se culpado depois de um acesso de raiva

Para determinar se uma pessoa sofre da Síndrome de Hulk, é essencial obter um diagnóstico preciso de um psiquiatra. Ele irá avaliar o histórico médico e familiar do paciente, além de considerar os relatos de amigos e parentes sobre o comportamento da pessoa.

É fundamental destacar que a Síndrome de Hulk é uma condição que se caracteriza por surtos inesperados de raiva, sem qualquer tipo de ação ou premeditação.

A pessoa afetada por esse transtorno reage de maneira desproporcional a determinadas situações, sem ter controle sobre suas emoções e impulsos.

O impacto da Síndrome de Hulk na vida das pessoas

Foto: Freepik

Ela pode ter um impacto significativo na vida das pessoas que sofrem com o distúrbio. Além de prejudicar relacionamentos pessoais e profissionais, pode levar a problemas legais, financeiros e de saúde.

A falta de controle emocional em momentos de raiva pode resultar em agressões físicas, danos a propriedades e perda de empregos, além de gerar sentimentos de culpa e arrependimento após os episódios explosivos.

O tratamento adequado é fundamental para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Como posso ajudar alguém com TEI?

A melhor maneira de ajudar alguém com TEI é encorajá-lo a buscar ajuda médica profissional. Um psiquiatra pode ajudar no diagnóstico e tratamento do transtorno, utilizando terapia cognitivo-comportamental, medicação e outras formas de terapia.

Além disso, é importante oferecer apoio emocional e evitar situações que possam desencadear acessos de raiva. Ajudar a pessoa a desenvolver estratégias de gerenciamento de estresse e relaxamento também pode ser útil.

> Lembre-se de que a Síndrome de Hulk é um transtorno médico real que pode afetar significativamente a qualidade de vida da pessoa, portanto, é fundamental oferecer suporte e compreensão.

Meditação

Foto: Freepik

A meditação é uma prática recomendada para auxiliar no tratamento de diferentes condições, uma vez que permite a regulação do corpo e da mente, promovendo o controle e reduzindo a ansiedade e o estresse.

No caso da Síndrome de Hulk, a meditação pode contribuir para diminuir os sintomas e ajudar a controlar os pensamentos.

Exercícios físicos 

Foto: Freepik

Os exercícios físicos são uma prática indicada em diversas situações, pois ajudam a regular as funções neurofisiológicas.

Eles podem liberar hormônios que ajudam a diminuir a ansiedade, a depressão e os quadros de raiva, como as endorfinas e os cortisóis, o que pode ajudar no controle da Síndrome de Hulk.


A Síndrome de Hulk é um distúrbio que pode impactar significativamente a vida das pessoas que o apresentam.

As consequências para sua vida pessoal e profissional podem ser devastadoras, então não hesite em buscar ajuda profissional. 

Seja o primeiro a comentar!

Deixe um comentário

Nossos Parceiros