Crianças que sabem lidar com suas emoções é um desejo de todo pai. Por isso listei 5 dicas pra te ajudar a nesse desafio. Veja abaixo:
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Antigamente, era comum as pessoas serem ensinadas a não demonstrar emoções. Alguns, crescem até com a visão de que as pessoas que escondem o que sentem e lidam com suas emoções são fortes.
Esse medo de ser considerado frágil faz com que muitas vezes o ser humano se mantenha distante em suas relações, seja no trabalho, amizades ou relacionamentos amorosos. Esse tipo de pensamento é, na verdade, um obstáculo para as relações humanas – vai contra as dicas praticadas hoje em dia, pois para manter um vínculo saudável, uma pessoa precisa de habilidades de comunicação, algo que nesse padrão educacional é bem limitado e até considerado como um símbolo de fraqueza e vulnerabilidade.
Em contrapartida, quando se rompe esse padrão e aprendemos a reconhecer nossas emoções e a forma correta de expressá-las, o resultado é outro. Quando estamos falando de crianças e adolescentes, os resultados também são excelentes.
Os especialistas denominam esse aprendizado como inteligência emocional, ou seja, a capacidade humana de sentir, compreender, controlar e modificar estados emocionais em si mesmo e nos outros. Não significa oprimir as emoções, mas sim direcioná-las e equilibrá-las. Um bom exemplo é a pessoa que consegue terminar suas tarefas e atingir suas metas, mesmo quando está se sentindo triste e ansiosa ao longo de um dia de trabalho.
Além de incentivar e ensinar as crianças e adolescentes os caminhos para que saibam lidar com suas emoções, é importante esclarecer que sentimentos como raiva ou tristeza são normais e que existem maneiras saudáveis de manifestar um comportamento que permita liberar a pressão que eles trazem consigo.
Para que o desenvolvimento das habilidades envolvidas na inteligência emocional aconteça, é essencial que existam estímulos adequados desde a infância.
Inteligência Emocional na Primeira Infância
As crianças que possuem inteligência emocional apresentam um melhor entendimento de si próprias e isso acaba refletindo positivamente em suas relações interpessoais, visto que estimula a capacidade de reconhecer as emoções das outras pessoas para construir relações baseadas no respeito e na empatia.
Dessa forma, conseguem resolver melhor os conflitos, encarar situações e desafios de uma forma diferente e até mesmo obter um rendimento escolar muito melhor.
Existem algumas maneiras de ensinar seus filhos a expressarem os seus sentimentos com inteligência emocional desde os primeiros anos de vida. Vamos lá?

1 – Ajude na identificação das emoções

Para lidar com as emoções é preciso reconhecê-las. Para isso, desde cedo, é importante que seu filho saiba nomear o que sente. Use de atividades lúdicas que envolvam histórias, desenhos e fotos de alegria, raiva, tristeza, medo, etc.
O abraço e a conversa são fortes aliados para esses ensinamentos. Abraçar e tocar com frequência forma um escudo de amor em torno dos pequenos, assim como passar um tempo com eles – especialmente antes de dormir – é extremamente importante.
Busque se comunicar de forma simples e honesta. A comunicação é essencial quando se trata de ensinarmos os nossos filhos a serem inteligentes emocionalmente.
2 – Converse com os pequenos

Assim como ensinar a reconhecer as próprias emoções e as dos outros é importante, ouvir o que o pequeno tem a dizer, permitindo que expresse o que está sentindo, também é. Motivar o diálogo faz com que a criança fale sobre suas emoções positivas e negativas, sem que se sinta reprimida.
Busque conversar com eles sobre como estão se sentindo e faça perguntas simples. Caso eles não queiram falar de si próprios, pergunte como acham que as outras crianças se sentem.
Aceite os sentimentos de seus filhos e deixe-os à vontade se quiserem chorar. Ressalte que não há problema em expressar o que estão sentindo. Não tente mudar seus sentimentos, pelo contrário, incentive-os seja desenhando, colorindo, jogando ou escrevendo sobre aquilo que estão sentindo.
E você, como se sente?
Outra dica é comentar com seus filhos sobre como você se sentiu em algumas situações, pois isso abrirá caminho para que também se abram.
Dar o exemplo, nesse caso, faz toda a diferença.
Mantenham seus filhos informados sobre qualquer questão que possa afetá-los diretamente ou sobre as quais possam demonstrar interesse ou preocupação.

3 – Mostre como lidar com as dificuldades

Apesar do nosso instinto materno ou paterno de proteger os filhos, é fundamental deixar que sintam suas próprias dores sem tomá-las para nós.
Não podemos deter que as crianças lidem com as perdas e os obstáculos naturais da vida. Um estímulo bacana é motivar que pratiquem atividades ou esportes em grupo, pois isso gera convivência com outras crianças, inclusive de faixas etárias diferentes.
4 – Tenha empatia

Um dos pontos principais da inteligência emocional é o poder de se colocar no lugar do outro, a chamada empatia. A infância é o melhor momento para adquirir essa habilidade, mas é necessário, mais uma vez, ser exemplo, procurando mostrar esse sentimento no dia a dia. Afinal, não se pode exigir da criança algo que você não pratica.
Outra maneira de despertar a empatia é, ao invés de obrigar seu filho ou filha a pedir desculpas ao amigo, sugerir que pergunte como se sentiu e o que ele pode fazer para ajudar. Questione também como seu filho acha que o colega se sentiu naquela situação ou como se sentiria se fosse com ela.
5 – Respeite as emoções do seu filho

A empatia não serve apenas para o próximo, mas para nós mesmos. Respeitar as emoções dos nossos filhos e validá-las por vezes é um desafio, mas é também uma forma de empatia.
Isso não quer dizer que você deve passar a mão na cabeça ou atender todos os seus desejos, mas se preocupar em transparecer que entende porque ele se sente assim.
Sabe aquela cena clássica de estar com uma criança pequena numa loja de brinquedos e ela não conseguir entender que não irá ganhar nenhum?
Nesse caso, o ideal é que você acolha o seu filho, com carinho e atenção, e resista a comprar o presente. Quanto menos você ceder, melhor.
Estes são apenas alguns exemplos. Com o tempo e a prática, você desenvolverá outras técnicas e habilidades que juntas ajudarão seus filhos a estabelecerem relacionamentos pessoais mais saudáveis tanto no período da infância quanto na futura vida adulta.
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