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Acredito que você já tenha visto essa cena: uma criança estirada no chão no supermercado berrando porque quer doce. E aquela outra chorando insistentemente porque o pai não comprou algo desejado. Quem não passou por isso certamente conhece alguém que já teve essa experiência.

Muitos defendem que esses comportamentos fazem parte da própria natureza infantil e que não devemos nos preocupar. No entanto, a questão não é tão simples assim. E para educar os filhos também temos que impor limites.

As crianças realmente não têm culpa, elas estão apenas agindo de acordo com sua fase de desenvolvimento. Nós pais é que devemos nos atentar. Ceder a cada desejo apenas para evitar o estridente grito do seu filho, que parece capaz de romper tímpanos, não é a abordagem correta.

Dizer sim para tudo é extremamente prejudicial, pode acreditar, o efeito será o contrário. Seu filho vai passar a acreditar que pode conseguir qualquer coisa a qualquer momento.

É importante entender que concordar com qualquer desejo da criança é algo que vai contra todas as tentativas de educar corretamente. Impor limites é o que vai criar em seus pequenos humildade e paciência. Vai ensiná-los o valor de cada conquista ou de cada presente.

Clareza nas expectativas e nos limites

Isso envolve comunicar de forma direta e consistente o que é aceitável e o que não é, permitindo que as crianças compreendam os parâmetros dentro dos quais podem se mover. A falta de limites claros pode levar a comportamentos indesejados e confusão nas crianças sobre o que é esperado delas.

Comunicação direta – Conversar com as crianças de maneira franca e acessível sobre as regras da família e o motivo por trás delas. Isso cria um ambiente de compreensão e evita mal-entendidos.

Consistência – Manter a consistência nas regras ao longo do tempo e entre diferentes situações é fundamental. Isso ajuda as crianças a desenvolverem uma compreensão sólida do que é aceitável em diferentes circunstâncias.

Consequências claras- Explicar as possíveis consequências quando os limites não são respeitados. Isso permite que as crianças compreendam as implicações de suas ações e tomem decisões mais conscientes.

    Estabelecer claras expectativas e limites não apenas promove um ambiente mais harmonioso em casa, mas também prepara as crianças para interações saudáveis e respeitosas com os outros ao longo de suas vidas.

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    Desenvolver a resiliência nas crianças é muito importante para capacitá-las a enfrentar os desafios da vida com confiança e determinação. Como cuidadores e educadores, desempenhamos um papel fundamental nesse processo.

    Primeiramente, é essencial permitir que as crianças experimentem fracassos e obstáculos de forma saudável, pois isso as ajuda a aprender a lidar com a adversidade.

    A comunicação aberta e empática também é essencial. Ao ouvir e validar os sentimentos das crianças, estamos mostrando que suas emoções são importantes e dignas de serem compreendidas.

    Oferecer um ambiente seguro para a exploração é outra maneira de fomentar a resiliência. Permitir que as crianças enfrentem riscos controlados e experimentem a sensação de superar desafios constrói sua autoconfiança.

    Incentivar as crianças a encontrar soluções para seus próprios problemas, em vez de fornecer respostas prontas, as capacita a desenvolver habilidades de pensamento crítico e criativo. Ao mesmo tempo, celebrar suas conquistas, por menores que sejam, reforça a ideia de que cada desafio superado é um passo em direção à resiliência.

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    Não há alternativa além da comunicação. Porém, será inútil tentar argumentar com seu filho quando ele estiver chorando ou gritando. Espere, ele se acalmar e aí será o momento adequado.

    A tranquilidade é uma grande aliada nesse momento. Tente explicar como essas atitudes são erradas. Não confunda dizendo que o problema é a criança porque não é, o problema está no comportamento dela.

    É claro que qualquer tipo de expressão, seja verbal ou física, é um meio de manifestação emocional. O que temos que pensar é em como fazer nossos filhos entender que é importante saber canalizar as sensações, mostrando que existem outras maneiras de se expressar que vão além de gritar e chorar.

    Uma maneira pode ser ensinar as crianças a terem mais disciplina por meio das tarefas domésticas, adequadas à sua idade. Assim, elas se sentirão úteis e responsáveis, além de aprenderem o valor das conquistas.

    O importante é nunca esquecer que não podemos exigir demais delas. Cada momento de confronto deve ser bem equilibrado com momentos de descontração, só assim elas poderão processar aquilo que estamos tentando ensinar.

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