A reinvenção do leg press | Pra quê máquina, não é mesmo?

Leg press com barra foi uma forma que atletas do passado arrumaram para treinar membros inferiores, aliás, se fuçar no Google, achará fotos dele sendo feito com a barra livre. Isso obviamente se tornou desnecessário após a criação das máquinas. Mas, recentemente, está havendo uma redescoberta (ou reinvencionismo?) desse exercício.

Em primeiro lugar, o leg press vertical (esse em que a pessoa fica deitada) normalmente é associado com maior retroversão da pelve (a bunda sai do chão), o que impõe grande compressão na face anterior dos discos intervertebrais e gera um risco de lesões na região lombar. Outro problema é que o leg press produz elevados picos de pressão arterial e ao fazer isso com a cabeça para baixo aumenta o risco de acidentes cerebrovasculares, além das tonturas e dores de cabeça. A combinação de risco e desconforto levou essa variação a praticamente ser extinta e substituída pelo leg 45º ou leg na máquina, que fazem a mesma coisa de forma mais segura e confortável.

Pior ainda é fazer com a barra, pois ela fica apoiada apenas em uma pequena porção do pé, o que diminui a área de contato e prejudica a intensificação do exercício, além do desconforto e possibilidade de lesões na fáscia plantar. O quadro é agravado pelo formato circular da barra, que cria uma superfície instável e tornam necessárias variações na angulação do tornozelo ao longo do exercício para que ela não caia. Essa combinação do formato circular e a pequena área de contato, tornam essa variação ineficiente e perigosa, pois a barra pode deslizar e cair!

É disso que estou falando:

Finalizo com três dicas:

1) Barras foram feitas para serem seguradas com as mãos ou apoiadas sobre os ombros!

2) Inventaram máquinas para leg press. Nelas há apoio para as costas e bases para apoiar os pés inteiros, assim você pode fazer o mesmo movimento que nessa variação, só que se maneira mais eficiente e mais segura!

3) Use barras e máquinas para o que elas foram criadas!

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