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Ela contou que dias depois de ter postado as fotos, foi convocada para uma reunião com os vice-reitores, reitores e pais de alunos. Suas fotos chegaram a ser impressas e foram distribuídas durante a reunião.

Esse caso absurdo aconteceu na Universidade de Saint Xavier, em Kerala, na Índia. Uma professora denunciou a associação por tê-la demitido por conta de fotos publicadas no Instagram.

Em um relato à BBC, ela contou que se sentiu na obrigação de sair de seu emprego depois de passar por um interrogatório coletivo sobre as fotos que publicou no Instagram, usando biquíni.

Ela contou que dias depois de ter postado as fotos, foi convocada para uma reunião com os vice-reitores, reitores e pais de alunos, para conversar sobre suas fotos pubicadas na internet.

“O reitor disse que esse pai encontrou seu filho olhando minhas fotos no Instagram, onde eu estava apenas de calcinha. Ele disse que as fotos eram sexualmente explícitas e pediu à universidade que preservasse seu filho de tal vulgaridade”, disse ela em entrevista.

Além disso, a professora contou que suas fotos chegaram a ser impressas e foram distribuídas durante a reunião. Ela interpretou tal ação como uma tentiva de humilhação.

© Bend It Films

Ela, que é professora adjunta, revelou que foi obrigada a escrever uma carta pública pedindo desculpas, e, depois foi pressionada para se demitir da Universidade.

Depois de alguns dias, a mulher enviou uma carta de demissão para a reitoria da universidade, que chegou a considerar a desistência da mulher como um “belo gesto”.

Quando questionada sobre o caso, a universidade reafirma que acha o comportamento da mulher inadequado.

© BCCL

“Minha firme convicção é que não fiz nada de errado. Posso não vencer esse caso, mas para mim é uma luta importante”, completou a professora em depoimento à imprensa britânica.

O caso teve grande repercussão na mídia e redes sociais e muitas manifestações em defesa da professora foram convocadas entre os internautas.

18.000 estudantes assinaram uma petição online dirigida ao Ensino Superior de Bengala Ocidental buscando “ação disciplinar” contra Felix Raj, vice-chanceler da Universidade de St Xavier. Outros professores e ex-alunos compartilharam suas experiências de enfrentamento ao policiamento moral regressivo por parte da universidade e de seus membros conservadores.

Desde ser solicitado a cobrir seus tornozelos e panturrilhas até ser repreendido por se sentar sozinho com uma pessoa do sexo oposto.


Com informações de Catraca Livre

O ano é 2022, mas esse incidente faz parecer que ainda estamos presos na mentalidade puritana e conservadora dos séculos 19 e 20.

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