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Um dos assuntos mais em voga atualmente entre os homens é o trade. Suas referências são profissionais da área que trabalham em casa, passam horas de olho em telas de led gigantescas e compartilham seus ganhos astronômicos nas redes sociais. Meus amigos têm estudado mais que concurseiros, gastam uma fortuna em cursos, contratam plataformas especializadas […]

Um dos assuntos mais em voga atualmente entre os homens é o trade. Suas referências são profissionais da área que trabalham em casa, passam horas de olho em telas de led gigantescas e compartilham seus ganhos astronômicos nas redes sociais.

Meus amigos têm estudado mais que concurseiros, gastam uma fortuna em cursos, contratam plataformas especializadas e investem um bom dinheiro pra se tornarem traders de sucesso. Mas todos estão ainda a quilômetros dessa meta.

É consenso entre eles que isso não acontecerá do dia pra noite. Sabem que é necessária muita dedicação e “tempo de tela” pra alcançarem esse objetivo. Mas seguem firmes nesse propósito. 
 
Eles passam o dia vendo vídeos no Youtube sobre diferentes técnicas de trade, mas acham um desperdício perder 10 minutos meditando. Nas capas de seus livros palavras como dinheiro, enriqueça, gestão, finanças, resultados, liderança e foda se repetem, mas não se vê nada falando de emoção, presença ou outras soft skills.

Eles acreditam que encontraram o trabalho de seus sonhos, mas a verdade é que só estão perseguindo o sonho de outros homens, que assim como eles jamais se permitiram sonhar. 

Então, afinal, por que os homens não sonham?
 


Na pesquisa do doc O Silêncio Dos Homens, 67% dos entrevistados disseram que a eles foi ensinado que ser homem é ser o responsável pelo sustento financeiro da família.

Então os homens vêm de fábrica programados pra se tornarem grandes pagadores de boleto. Quanto mais dinheiro e patrimônio acumularem mais homens se sentirão.  Pra todos os nossos problemas o dinheiro parece ser a solução. Mas não é.

Aqui acho válido fazer um paralelo com o livro “The Top Five Regrets of the Dying”, escrito por Bronnie Ware, pra contrapor o que em geral fazemos durante a vida com do que nos arrependemos no final dela.

Bronnie, que é uma enfermeira australiana com muitos anos de profissão, conta em seu livro os 5 principais arrependimentos de quem estava à beira da morte. A lista dela ficou assim:

Do que as pessoas mais se arrependem?


5 – Queria que eu tivesse me deixado ser mais feliz: Estes disseram ter ficado presos em velhos padrões e hábitos. Não perceberam, até aquele momento, que a felicidade é uma escolha. 

4 – Eu queria ter mantido mais contato com meus amigos: Já esse grupo tinha arrependimentos profundos sobre amizades que mereciam mais tempo e esforço para serem cultivadas.

3 – Eu queria ter tido a coragem de expressar meus sentimentos: Muitas pessoas passaram a vida inteira suprimindo seus sentimentos, pra agir como achavam que deveriam agir. Como resultado, elas adotaram uma existência medíocre e não puderam ser quem elas realmente poderiam e gostariam de ser. 

2 – Eu queria não ter trabalhado tanto: Esse foi o arrependimento mais comum entre os pacientes homens, de acordo com a enfermeira. Eles perderam a juventude de seus filhos e o companheirismo da suas parceiras.

1 – Eu gostaria de ter tido a coragem de viver uma vida fiel a mim mesmo: Segundo a enfermeira, somente no leito de morte as pessoas perceberam quantos sonhos não foram realizados ao longo da vida. Ela diz que a maioria dos seus pacientes não tinha realizado nem mesmo a metade dos seus desejos pessoais.

Permita-se sonhar

Eu tenho uma dica infalível pra você encontrar o trabalho dos seus sonhos: Pergunte-se com o que você gostaria de trabalhar se não precisasse de dinheiro pra nada.

O dinheiro polui os nossos sonhos. Ele limita nossas possibilidades, encurta nossos horizontes. Em geral, nossos últimos sonhos de verdade, aqueles onde tudo é possível, acontecem enquanto ainda somos apenas meninos. 

Então tire um tempo pra você, se conecte com o presente, deixe as cobranças de lado e tente identificar com o que você sonha trabalhar. Do que você gostaria de viver. 

Qualquer que seja a resposta, se você se dedicar a transformar essa atividade em sua profissão, da forma como se dedica ao trade,  não tem como não dar certo.   
 

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