Você sabia que a primeira consulta com o pediatra precisa ocorrer enquanto o bebê ainda está na barriga da mãe? Essa é a recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatra (SBP).
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E a visita ao médico deve ocorrer durante o período pré-natal, mais precisamente no terceiro trimestre dele.
O que é bom, não apenas para que a futura mamãe tenha confiança no pediatra, mas principalmente para reduzir as chances de mortalidade infantil, poder identificar outros problemas que o recém-nascido possa ter e até mesmo tirar todas as dúvidas e inseguranças antes mesmo do nascimento da criança.
5 motivos para ir ao pediatra antes mesmo do bebê nascer

As consultas com o pediatra precisam ser frequentes após o nascimento da criança, porém antes mesmo (lá pelo 3º mês da gravidez até no máximo 6º), a mãe precisa se consultar com o pediatra como parte do pré-natal.
Vale lembrar que essa prática é recomendada para todas as gestantes, inclusive para quem tem gravidez de risco, sendo indispensável por vários motivos como:
- Evitar abortos espontâneos e natimortos
- Reduzir riscos da criança nascer prematura
- Verificar se está ocorrendo descolamento da placenta prematuramente
- Identificar malformações fetais ou doenças genéticas (o que não é o caso do autismo)
- Lidar com situações que possam dificultar o parto (posições do feto que não favorecem, por exemplo), entre outros motivos que ajudam a prevenir sérios problemas na gravidez e principalmente com a criança.
Como é a primeira consulta com o pediatra (ainda durante a gravidez)
Para se preparar melhor, confira os principais pontos dessa ida ao médico:
- O pediatra informa a provável data do parto
- Fica por dentro do quadro clínico da gestante (sono, diurese, etc.)
- Conversa sobre nutrição da grávida
- A gestante pode aproveitar para tirar dúvidas diversas sobre amamentação, os primeiros cuidados com o bebê e até mesmo o que é esperado que o seu filho faça nos 3 primeiros meses.
- Caso no pré-natal já tenha sido identificada alguma síndrome congênita, problemas de malformação ou coisas do tipo, é nessa primeira consulta que há os esclarecimentos médicos sobre isso
Leia também: Como tratar o autismo? Veja práticas que podem ajudar
Veja onde buscar ajuda para pessoas com autismo
O que levar ao pediatra na consulta com a criança

Até o seu filho completar 1 ano, as visitas ao pediatra são 1 vez por mês. Isso porque o médico vai acompanhar o desenvolvimento geral da criança e assim detectar algum problema rapidamente para que seja tratado logo (caso ocorra). E você precisa levar:
- Exames
- Vacinas
- Históricos de saúde do seu filho e da sua gestação
A partir dos 2 anos, as consultas pediátricas passam a ser a cada 3 meses.
Sinais de ‘autismo infantil’ são identificados pelo pediatria?

Por melhor que o pediatra do seu filho seja, é importante ter em mente que ele não é um especialista em autismo. Portanto, a chance do médico acompanhar as mudanças na Classificação Internacional de Doenças (CID) relacionadas aos graus do TEA são bem pequenas.
E até mesmo por isso, o profissional de saúde pode estar preso a estereótipos sobre TEA que se tornaram senso comum embora estejam longe da realidade.
Então, para evitar esse tipo de situação, o ideal é que pais ou cuidadores tenham uma noção do que o bebê deveria estar fazendo em cada etapa da infância e até mesmo o que pode ser confundido com autismo.
Ainda assim, se notar sinais de autismo, é importante checar com o pediatra essa possibilidade e, se necessário, pedir que o profissional te encaminhe a outros profissionais.
O que pode ser confundido com autismo
- Transtorno de Déficit de Atenção e de Hiperatividade (TDAH)
- Problemas de audição
- Dificuldades de aprendizagem
- Timidez
Em caso de dúvidas, você pode até fazer teste de autismo no seu filho, porém não deixe de ter acompanhamento de um especialista em neurologia infantil para analisar o resultado e a situação da criança especificamente.
O diagnóstico de autismo é clínico, e depende de protocolos, observação e histórico do paciente.
Conheça os principais sinais de autismo em bebês

É importante que antes de ir ao pediatra você fique por dentro dos principais marcos de desenvolvimento infantil até 6 anos. Dessa forma você acompanha o cotidiano do seu filho identificando se ele tem sinais de atraso quanto antes. Confira alguns primeiros 6 meses de vida:
- 1 mês: o recém-nascido dá sinais de que não está vendo pessoas e objetos bem próximos a ele
- Até 2 meses: nunca sorri para quem cuida e nem para quem está diante dele
- Até 3 mês: o bebê não tenta usar a voz (não faz aqueles barulhos típicos de bebê), além disso não busca acompanhar os movimentos de objetos e nem ergue a cabeça para isso.
- Até 4 meses: não reage a mudanças de tons de voz e nem a qualquer som. Também demonstra não reconhecer seus pais ou cuidadores e tem falta de conexão com quem o rodeia.
- Até os 6 meses: bebê com postura caída, se comunica apenas por meio de choro. Também demonstra indiferença e até mesmo que não gosta de socialização em torno dele.
Você também leva seu filho de outra faixa etária ao pediatra? Confira nosso post sobre desenvolvimento infantil de 7 a 12 anos.
O que acontece quando o pediatra suspeita de atraso de desenvolvimento infantil?
Quando o médico suspeita que a criança está com atrasos no desenvolvimento, costuma apresentar algumas hipóteses e pedir que a família e cuidadores sigam observando se os sinais de autismo continuam.
E também indica a ajuda de um médico especialista em autismo que é o Neuropediatra ou Psiquiatra Infantil. Ou seja, é preciso continuar acompanhando de perto os comportamentos da criança.
Já a família também vai precisar de apoio especializado em TEA para lidar com as crises de autismo e controle emocional da criança, entre outras situações, caso o diagnóstico de TEA seja confirmado pelo Neuropediatra.
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