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“Muitos dos meus colegas ficavam estressados quando um dos filhos ficava mal. Devido ao trabalho, muita gente (inclusive eu) já teve de deixar um filho meio doentinho na creche ou na escola. Isso dói. Você se sente culpado e fica achando que não está sendo uma boa mãe.”

O depoimento é da dinamarquesa Maria Østergaard, que trabalha como assistente de cobrança em uma empresa de energia. No entanto, a situação descrita é comum a pais e mães de todo o mundo.

Maria é mãe de duas meninas, de 8 e 3 anos, e muitas vezes se viu em um impasse, incapaz de tirar folga quando suas filhas estavam doentes e precisavam de seus cuidados.

Felizmente, agora Maria não precisa mais se preocupar com essa situação. A partir de março, a empresa em que trabalha mudou suas políticas para melhor atender seus colaboradores com filhos.

A Norlys, empresa de energia em que Maria trabalha, decidiu oferecer aos funcionários “dias de folga” ilimitados para que possam acompanhar de perto a saúde das crianças.

Leia também: Estudo aponta: 15% dos trabalhadores não tiram licença parental completa

Na Dinamarca

Foto: Envato Elements

Por lá, todos os trabalhadores têm, por lei, o direito de dois dias de licença médica anualmente. Caso o número de faltas exceda esse limite, as ausências são descontadas do salário.

A Norlys, entretanto, aboliu essa política em sua empresa. Agora, todos os colaboradores têm direito a cuidar da saúde de seus filhos, quantas vezes forem necessárias, sem sofrer qualquer tipo de punição por conta disso.

Segundo a diretora de RH, Agnete Lundemose, a expectativa é de que a ação ajude a aliviar a insegurança dos trabalhadores e os deixe ainda mais engajados.

“Acreditamos que obtemos funcionários mais satisfeitos e menos estressados, e obtemos algo de volta na forma de maior lealdade dos funcionários”, disse em entrevista à DR.

O pesquisador da Universidade de Aalborg (Dinamarca), Thomas Bredgaard, também acredita que os dias de folga ilimitados podem ser sucesso em outras empresas. “Se, numa negociação, o funcionário não conseguir aumentar o salário ou conseguir outros benefícios, ele pode usar esse tipo de proposta para barganhar. Afinal, boas ideias tendem a se espalhar”, disse.


Fonte: Revista Crescer | Adaptação: Papo de Pai

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