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Você, gostaria de ouvir isso? Gostaria de saber que seu filho confia em você ao ponto de contar erros e pedir ajuda? Quando isso acontece conseguimos chegar em um ponto de confiança que não é comum, a confiança de se “desnudar” e admitir que errou, mais ainda, pedir ajuda. Isso é muito importante por diversos […]

Você, gostaria de ouvir isso?

Gostaria de saber que seu filho confia em você ao ponto de contar erros e pedir ajuda?

Quando isso acontece conseguimos chegar em um ponto de confiança que não é comum, a confiança de se “desnudar” e admitir que errou, mais ainda, pedir ajuda.

Isso é muito importante por diversos aspectos: 

Na vida da criança, a parte racional do cérebro ainda está em pleno desenvolvimento, então através desse elo criado conseguimos ajudar a desenvolver ainda mais essa parte tão importante nas decisões mais racionais;

Seu filho tem a clareza da compaixão (no sentido real da palavra) que você tem com ele, sabe que você se importa em como ele está e que vai lhe auxiliar;

Não vai esconder de você seus erros, muito pelo contrário, irá buscar você nos momentos de aflição, angústia, medo. Você saberá dos possíveis problemas e poderá auxiliar da melhor forma.

Seu filho deve saber que você é o comandante do avião, que é a pessoa que está no controle das situações e para quem ela pode sempre buscar quando algo sair do controle.

Quando você está voando em um avião e uma turbulência ocorre, não sei você, mas a primeira coisa que faço é olhar para os comissários, se eles estiverem tranquilos, isso é um sinal que as coisas estão sob controle, caso estejam nervosos, “aí o bicho pegou!”

Tudo bem, já entendi que isso é muito importante a ponto de ser fundamental, mas como conseguimos fazer isso, como conseguimos criar esse elo de confiança extrema em que a criança se sinta confortável de contar até seus piores erros?

Educamos muito mais pelo exemplo do que por palavras. Já ouviu a frase: “O que você faz fala tão alto que eu não escuto o que você diz.”?

Pois é exatamente nesse ponto que precisamos focar, exemplos.

Uma breve história pessoal, no início do ano passado eu tive uma reação desproporcional com meu filho, por um motivo que talvez conte por aqui em outra oportunidade, agi fora do que normalmente ajo e isso espantou o meu filho. “Falar uma coisa e fazer outra”… isso não funciona, porém ocorreu e tinha que lidar com isso.

Após o incidente, conversando com minha esposa (a base da nossa família, uma coach que tenho em casa desde que a conheci e não sabia) percebemos que precisávamos explicar o que tinha acontecido.

Esperei um momento, sentei com meu filho e expliquei o que ocorreu, qual o motivo do pai ter reagido dessa forma. Abertamente conversei e disse que tinha errado, abri meus sentimentos (óbvio, você é inteligente e sabe que tudo dentro de um limite entre pais e filhos), pedi desculpa e encontramos formas disso não acontecer mais.

Isso é educar pelo exemplo, tirar a máscara da perfeição, que pais são perfeitos e que por consequência os filhos também precisam ser. Isso não existe, perfeição não existe, todos temos nossos pontos fortes e fracos, nossas forças e fraquezas e nossos filhos tem que saber que isso é normal.

Inclusive esse comportamento pode causar muitos outros danos na vida adulta, porém esse é um assunto para outra oportunidade, por enquanto ficamos com a obrigação de mostrarmos para nossos filhos que pai e mãe também erram e está tudo certo, desde que aprendamos com esses erros para não os cometer novamente.

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