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Quando nos tornamos “paidrasto” de um filho, que não é nosso por laço sanguíneo, a primeira coisa que vem à cabeça talvez seja de que não devemos nos meter na educação da criança. Por imaturamente, imaginarmos que talvez a mãe não goste e depois por pensarmos que num futuro a criança poderá dizer a temida frase “você não […]

Quando nos tornamos “paidrasto” de um filho, que não é nosso por laço sanguíneo, a primeira coisa que vem à cabeça talvez seja de que não devemos nos meter na educação da criança. Por imaturamente, imaginarmos que talvez a mãe não goste e depois por pensarmos que num futuro a criança poderá dizer a temida frase “você não é meu pai”. 

Confesso que passa sim pela cabeça esse tipo de questionamento mas, particularmente, esse medo era muito mais por conta do que a mãe poderia pensar, e o que poderia dizer caso em uma discussão sobre a educação da criança.

Esse tipo de medo/insegurança é totalmente compreensivo porque, de fato, é tudo novo para nós nesse mundo. 

Digamos que estamos “invadindo” um território novo, do qual não faziamos parte, onde existiam regras, existiam historias antes de eu aparecer, eu tive muita sorte pois a mãe do meu pequeno é a mãe que eu sempre desejei que um filho meu tivesse. É adepta de uma educação a base de conversa, de explicações amorosas, de castigos que fazem com que nosso pequeno entenda o motivo. E que após um “erro” dele, conversaremos sobre o ocorrido para que ele absorva e entenda o que aconteceu.

Venho de uma educação antiga, não sofria castigos como ficar sem brincar ou sem ver TV. Quando errava, tomava chinelada ou cintada no lombo, algumas vezes, sinceramente, nem entendia porque. Imaginei que assim seria com meu filho, porque cresci longe das coisas erradas da vida, fui um bom aluno e nunca arranjei problemas para os meus pais. E possivelmente esse modelo de educação seria aplicado no meu filho. 

Eu tive medo no começo por não saber se poderia educar meu enteado (filho, que fique claro) do modo que fui educado mas, para minha sorte, encontrei uma parceira incrível, que além de ter me dado toda a confiança necessária para educar ele, me ensinou que não precisaria usar das palmadas/cintadas para que ele me respeitasse e obedecesse. 

Ela foi paciente em me mostrar como uma educação baseada em amor e conversas são as melhores opções, através disso me tornei confiante para que também pudesse educá-lo e que ele soubesse que agora também teria uma referência de pai, que iria estar ali para ouvi-lo, e o mais importante, para respeitar os momentos dele.

Eu tive muita sorte de encontrar a mãe perfeita, que me ajudou a me tornar o paidrasto que sou hoje, graças a ela entendo que nosso filho não é só uma criança que as vezes faz birra, ou que não quer algo naquele momento, aprendi que ele tem sentimentos que devem ser respeitados. E que, apesar de ser uma criança, ele também tem voz e quer usá-la para se expressar. 

Escutem suas mulheres pois elas tem um elo sentimental com os pequenos muito maior do que podemos entender, elas os geraram e podem ajudar muito a nós homens, a nos tornarmos pais muito melhores. Sse você for um paidastro como eu, e se sentir inseguro ou com medo de educar seu enteado, um conselho: Se joga de cabeça, aprenda, e entregue 110% porque o retorno é gigante. Além do respeito dos nossos enteados/filhos, ganharemos morada eterna nos corações deles, falo por experiência, acredite, vale muito a pena.

 

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