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Se você também é padrasto como eu vai entender.  Já percebeu que você se tornou uma referência para o pequeno (a)? Que a partir do momento em que foi introduzido na historia dele (a), você passou, também, a ser responsável por suas ações, inevitavelmente, e suas atitudes serão refletidas na criança, tanto positiva quanto negativamente. Contarei a minha […]

Se você também é padrasto como eu vai entender.  Já percebeu que você se tornou uma referência para o pequeno (a)? Que a partir do momento em que foi introduzido na historia dele (a), você passou, também, a ser responsável por suas ações, inevitavelmente, e suas atitudes serão refletidas na criança, tanto positiva quanto negativamente. Contarei a minha experiência.

Quando entrei na vida do meu pequeno, ele só tinha como referência a mãe. E, que fique registrado ,uma baita referência pois tudo que um homem podia ensinar ela ensinava. Ela também sabia da importância  que uma presença masculina causaria na vida dele, e passado o tempo que foi desde nos conhecermos até o dia em que ele pediu pra me chamar de pai, nós víamos nele refletido algumas referências que ele adquiriu com o convívio de uma padrasto/pai.

Lembro como ele se comportava quando subia num tronco de arvore (não perigoso) quando estava com a mãe. Apesar do incentivo dela, depois do nosso convívio ele conseguiu ir até o final, lembro bem da mãe dele me falando “graças a você” e acho que foi nesse dia que a ficha caiu. Que agora eu era um espelho pra ele também, que minhas atitudes seriam influência para ele e que eu deveria ter cuidado daquele momento em diante.

Eram nos pequenos passos diários que víamos esse resultado nele, a confiança aumentando, o medo diminuindo e a vontade de descobrir o novo. 

Percebemos que nosso espelho estava surtindo um bom efeito sobre ele, até nos gostos conseguíamos notar isso. No início, eram curiosidades dele, que hoje viraram hábitos. Por exemplo, ele me via fazendo contas e pediu para que eu ensinasse as operações matemáticas, hoje ele domina isso, ou a curiosidade da mãe em fazer algo novo e ser ótima nisso, ele é exatamente igual, curioso, explorador e criador como ela.

A conta é simples para um contexto complexo. No início da vida dos nossos pequenos, devemos nos esforçar para sermos um exemplo de confiança, de tranquilidade e de sabedoria, porque o impacto na vida deles é gigante. Todas as nossas atitudes impactam diretamente na vida deles. Eu como padrasto vi e senti isso na pele, quando agi errado dentro de casa (porque acontece com todo mundo) automaticamente ele absorvia isso, e era prejudicial pra toda a família.

O que quis passar nesse texto é que, se você é padrasto, dedique-se de verdade a ser um bom exemplo, um despertador de coisas boas pro seu enteado/filho. A longo prazo isso vai mudar a vida deles, e consequentemente a sua.


Nós também somos resultados das referências que tivemos quando crianças, nossos pais nos moldaram para sermos como somos hoje, tanto para o bem quanto para o “mal”. Nossos medos, nossa confiança, alguns de nossos gostos e preferências  são frutos do que foi nos passado lá atrás.

Somos humanos e erraremos mas, ao sinal de erro, corrija o mais rápido possível. Nossos pequenos não devem pagar por isso, ao sermos abençoados em ter nossos enteados/filhos, também nos é dado uma responsabilidade com a vida e o futuro deles, pelo menos para mim essa é sem dúvida a maior dádiva que podemos ter.
Dedique-se ao seu pequeno (a), ele (a) é a continuação da sua historia aqui na terra.

 

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