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Recentemente o documentário “O Dilema das Redes” trouxe uma alerta para nós pais ao expor os malefícios que o mau uso das redes pode causar: vício digital, a polarização das opiniões, depressão e ansiedade. A economia da atenção criada pelas redes (quanto mais tempo você fica nelas, mais elas lucram) não deve recuar, hoje somos […]

Recentemente o documentário “O Dilema das Redes” trouxe uma alerta para nós pais ao expor os malefícios que o mau uso das redes pode causar: vício digital, a polarização das opiniões, depressão e ansiedade.

A economia da atenção criada pelas redes (quanto mais tempo você fica nelas, mais elas lucram) não deve recuar, hoje somos 2 bilhões de pessoas checando suas telas em média 150 vezes ao dia. 

Mas também é fundamental não esquecer do poderio em acesso à informação, conectividade e transformação que as redes sociais trouxeram. A mesma rede que pode consumir nossa saúde mental também pode criar comunidades como a do Papo de Pai no facebook que ajuda milhares de pais todos os dias. As redes também possibilitam espalhar nossas ideias, manter contato com pessoas queridas e por aí vai.

Se não há como voltar atrás e os benefícios são tantos, o caminho mais seguro é desenvolvermos maturidade para lidar com elas de forma saudável.

E sabe em quem nossos filhos irão se espelhar para utilizar as redes e telas? Primeiro em nós pais, é claro.

Então aqui vão dicas práticas pra você transformar “O Dilema das  Redes” em um aprendizado e sair deste texto com uma relação melhor com as telas.

Seja um curador do que você consome

Uma relação saudável com as redes passa por consumirmos bons conteúdos quando estamos nela. Um bom conteúdo é aquele que você aprende, reflete, se diverte e principalmente que não te cause ansiedade ou baixo autoestima.

Esteja atento às publicações que te fazem mal, que te roubem energia e te deixam ansioso. Quando se deparar com elas, deixe de seguir determinada conta.

Procure consumir também opiniões divergentes da sua, mas que passam uma mensagem de uma forma respeitosa.

Escolha suas “referências” em determinado assunto e consuma de forma consciente o conteúdo delas, salve para ler depois, interaja de forma saudável, buscando um consumo mais ativo do conteúdo.

Ser curador do que consumimos e, até certa idade, do que nossos filhos consomem, é essencial para uma relação saudável com as redes.

Desative suas notificações

Um hábito se forma a partir de um gatilho (já falamos sobre isso aqui). O gatilho do hábito de conferir as redes sociais são as notificações.

São as notificações que fazem você consultar o celular a cada 10 minutos, são elas que geram a Dopamina (sensação de prazer) que reforça o comportamento sempre que ele é repetido.

Desligar as notificações é fácil, rápido e a ação mais eficaz que você pode fazer no curto prazo. Aqui em casa nós adotamos essa dica e já percebemos um consumo mais consciente em uma semana.

Espalhe livros pela casa

Pode soar estranho, mas funciona.

Pode ser muito difícil livrar-se do hábito de conferir as redes de um hora para outra. No livro “Hábitos Atômicos” o autor expõe a ciência comportamental por trás dos hábitos e explica que é muito mais fácil substituir um hábito indesejado por outro hábito desejado.

Aqui em casa deixamos livros por vários cômodos da casa: no banheiro (lembra como é ir ao banheiro sem celular?), em cima do sofá e na cabeceira da cama. Assim se a vontade de pegar o celular vem, você redireciona ela para o livro.

Essa dica é boa pois além de reduzir o uso das telas, você pode criar um novo hábito. Não precisa ser necessariamente um livro, pode ser algo que você goste e consiga deixar acessível no seu ambiente.

Carregue o celular em outro cômodo

Logo que chegar em casa, deixe seu celular carregando em um cômodo diferente daquele que você passa tempo em família e, de preferência, bem longe do seu quarto!


Essas quatro dicas simples podem nos ajudar a termos a relação com as redes sociais que gostaríamos que nossos filhos tivessem, com equilíbrio e sem deixar de usar o potencial gigante dessas ferramentas.

Além disso, buscar o equilíbrio ao invés de adotar uma postura radical demonstra o tipo de postura que nossos pequenos podem ter diante de seus desafios no futuro.

E aí, já aplica alguma dessas dicas? Como você tem lidado com essa questão aí na sua casa?

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