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Já é bem dificil ser padrasto, ainda mais depois da separação, quando os laços são meio que cortados, a distância aumenta e o contato naturalmente diminui. Pois, tanto a mãe como eu, temos que seguir caminhos diferentes, as vezes ainda existem conflitos e tudo que uma separação trás consigo. E pra piorar tudo, vem a pandemia. O único meio […]

Já é bem dificil ser padrasto, ainda mais depois da separação, quando os laços são meio que cortados, a distância aumenta e o contato naturalmente diminui. Pois, tanto a mãe como eu, temos que seguir caminhos diferentes, as vezes ainda existem conflitos e tudo que uma separação trás consigo. E pra piorar tudo, vem a pandemia.

O único meio de me comunicar com meu pequeno é através do celular, seja por áudios ao longo do dia ou por chamadas de vídeos, e as vezes ele nem as ouve. 

Seja porque não chegou até ele, seja por que ele já estava dormindo ou por qualquer outro motivo, as vezes fico até ansioso por resposta e são noites bem difíceis, a saudade bate, os pensamentos voltam no tempo em que lá estávamos, eu, ele e a mãe. 

Dividindo a cama por não querer dormir sozinho, ou quando acordava e falava “frio,frio,frio” e nós o cobríamos, minhas noites não são as mesmas depois que tudo se foi.

Um dos pensamentos que sempre me vem à cabeça é se o fato de não estar mais no dia a dia dele, como costumava ser, fará com que aos poucos possamos perder o contato.  Ele deixará de me amar, ou ainda,  quando a mãe dele tiver outro relacionamento, eu serei substituído, acredito que seja uma insegurança até normal ter esses tipos de pensamentos.  

No final, acredito muito no amor que entreguei, e mais ainda, sinto a reciprocidade que só ele me deu até hoje, creio muito que esse laço será eterno independente do que o futuro nos trará.

Se eu pudesse dar um conselho, seri: Se você tem seu filho (a) com você, e tem a oportunidade de poder vê-lo, de estar com ele, de conseguir ter contato sempre que possível, tenha! Muitas vezes a gente não prioriza o tempo que temos com nossos pequenos, não como deveríamos.  Colocamos a culpa na falta de tempo, no trabalho, mas nossa obrigação como pai/padrasto é dar amor, conforto e carinho a nossos filhos. 

O tempo voa sim e quando a gente percebe não estamos mais com eles por perto, e eu trocaria tudo pra poder voltar nos dias em que ele estava tão perto de mim. Esse tempo não vai voltar mais pra mim, mas se você tem isso, agarre-o como se você a ultima vez que você pudesse fazer isso.

 

 

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