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Irmãos brigam. Essa é uma premissa. Não tem como não acontecer. Em todas as espécies, a briga dentro do próprio grupo faz parte do desenvolvimento, entre outros, de proteção. A luta entre os irmãos é um treino para que eles possam encarar o mundo com mais preparo. Por isso, com os humanos não é diferente. […]

Irmãos brigam. Essa é uma premissa. Não tem como não acontecer.

Em todas as espécies, a briga dentro do próprio grupo faz parte do desenvolvimento, entre outros, de proteção. A luta entre os irmãos é um treino para que eles possam encarar o mundo com mais preparo.

Por isso, com os humanos não é diferente. Imagine só neste momento de convivência 24 horas por dia.

O que acontece conosco, muitas vezes, é que nós pais interferimos nas brigas e isso aumenta as competições e a necessidade de disputa.

Quando os pais interferem em uma briga, eles podem interromper a confusão naquele momento e, em alguns minutos, tudo volta a acontecer. É frustrante e desgastante.

Mais uma vez, trabalhamos para interromper um comportamento e não para ensinar habilidades de vida aos nossos filhos.

A maioria das inimizades entre irmãos adultos foi gerada por essas interferências dos pais lá na infância. É duro ler isso, eu sei! Nenhuma mãe ou um pai quer que os filhos sejam inimigos. Então, vamos tentar fazer um planejamento diferente para o longo prazo?

Pensando na origem de tudo isso, voltando lá na parte instintiva, irmãos brigam por “território”. Ou seja, sentido de pertencimento e importância dentro do grupo. Simplificando, os mais velhos sendo “destronados” e tentando manter o “trono”, os mais novos entrando em um território que já era ocupado tentando ganhar seu espaço.

Nosso papel como pais é, portanto, ensinar a eles alternativas para essas conquistas que não sejam apenas brigas. Existem outras formas e podemos desenvolver estas habilidades com eles.

Para isso, listei uma série de sugestões para usar no momento das brigas:

– Nunca tome um lado na briga. Geralmente, culpamos o mais velho. Com isso, ele sente raiva do mais novo e o mais novo sente que para ter a sua atenção, basta que ele se vitimize ou até provoque o mais velho;

– Diga que você confia na capacidade deles para resolver o assunto e, apenas, observe;

– Dê a eles a opção de brigarem e que você não quer assistir, então, retire-se. Acredite ou não, as brigas ficam piores quando a atenção da mãe ou do pai estão em jogo;

– Se houver um bebê na briga, diga ao bebê, em frente ao mais velho, que ele deverá ir para o quarto dele até estar pronto para resolver a questão. Leve-o respeitosamente. Depois, conduza o mais velho pela mão a outro quarto e diga o mesmo. Pode parecer estranho, mas é importante que os dois vejam que têm o mesmo tratamento;

– Se a briga for por causa de um brinquedo específico, retire o brinquedo e diga a eles que terão de volta assim que entrarem juntos em um acordo sobre o que farão;

– Se existir um perigo real durante a briga, sem dizer nada, separe as crianças e use outra abordagem depois;

– Use o senso de humor se perceber que tem espaço e crie uma brincadeira juntando todos. Uma guerra de travesseiro?

Tendo entendido a razão pela qual os irmãos brigam e traçado o seu plano para o desenvolvimento das habilidades você, certamente, deixará de sofrer com esse assunto e, provavelmente, as brigas diminuirão muito, uma vez que eles perceberem que essa não é uma boa estratégia para conseguir vantagens.

 

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