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As crianças nos surpreendem e nos ensinam, todos os dias, com suas simples atitudes, não é mesmo? Prova disso é o pequeno garoto mexicano que deu uma verdadeira aula de que profissões e cores não são sinônimo de gênero.

Após pedir uma cozinha de brinquedo, o menino ouviu dos pais se tinha certeza que era isso que queria, pois seria um “brinquedo de menina”. A resposta do garoto viralizou nas redes sociais após a escola compartilhar a situação. 

Segundo o portal Nation, a mãe do garotinho relatou: “Meu filho me pediu uma pequena cozinha de brinquedo e eu e meu marido dissemos: tem certeza? Isso é para as meninas, meu amor”. O que ela não esperava, era uma resposta tão madura e direta do filho, que disse: “Eu não quero ser menina mãe, serei chef”.

Após essa breve conversa, os pais começaram a pensar na resposta do filho e a refletir sobre os estereótipos de gênero.

No post da escola, eles relataram que “os pais com vergonha de seus estereótipos, decidiram investir em um brinquedo simbólico que promova independência, criatividade e desenvolva sua inteligência, entendendo que seu filho é um adulto em formação”.

Após compartilharem a história nas redes sociais, milhares de internautas comentaram sobre as ações dos pais. Outros pais também viveram experiências semelhantes com seus filhos e as compartilharam com a satisfação de ter feito a coisa certa ao ouvir os filhos sem julgá-los.

“Meu filho também me pediu uma cozinha de brinquedo pelo mesmo motivo, comprei sem medo. Temos que nos desconstruir sempre”, disse uma mãe.

Garotinha capixaba viraliza na internet ao falar sobre brinquedos sem gênero

Foto: Reprodução/YouTube

Outra situação semelhante que também chamou muita atenção na web foi o de Liv, 5 anos. A menina ficou famosa e mostrou que tem muito o que ensinar (inclusive a muitos adultos), depois que um vídeo em que ela fala sobre brinquedos sem gênero viralizou nas redes sociais.

O vídeo, publicado no YouTube, alcançou números impressionantes em menos de duas semanas: 3,8 milhões de visualizações, 75 mil curtidas, 60 mil compartilhamentos e 18 mil comentários.
No vídeo, a capixaba mostra alguns de seus brinquedos: bonecas como Barbie e Minnie, mas também os “polêmicos”, Sonic e Batman. De forma descontraída, Liv explica, em seis minutos, que gostar de determinado brinquedo não é algo exclusivo de um gênero: “Não existe brinquedo de menino e nem de menina. É de criança. Se você se diverte fazendo o que você gosta, qual é o mal que tem?”.

A menina, que ama videogames, ainda completa seu ponto de vista: “E quem disse que o Batman é só de menino? Nada a ver. Eu gosto e sou menina. E aí? (…) Você acha que o meu brinquedo favorito é Minnie? Meu brinquedo favorito é o Sonic”.

Cores e brinquedos não têm gênero!

Não é a cor da roupa ou o tipo de brinquedo que irá determinar a natureza sexual da criança. Os pais devem se manter neutros nos interesses dos filhos e sempre incentivar a criança a explorar e diversificar, sem forçar ou impor escolhas.

Claro que é importante ir além dos interesses dos pequenos, para ampliar seu repertório de conhecimentos e oportunidades, mas é preciso tomar cuidado para que essas expectativas sociais não limitem as escolhas das crianças.

O menino que se interessa por brincar de casinha ou de boneca, fazer compras de mercado, pode ser por curiosidade ao ver o pai ou tio cuidando de um bebê, fazendo as compras, entre outros motivos. O mesmo ocorre com as meninas. Elas vêm o pai ou figuras masculinas desenvolvendo atividades que despertam seu interesse, o que não significa que ela será masculinizada.

Ajudar a perpetuar essa diferença é limitar o processo de aprendizado das crianças nas atividades lúdicas e incentivar preconceitos futuros. É importante que pais e escolas não compactuem com esse pré-conceito criado por adultos.

Sem contar que a separação das brincadeiras por gênero pode ser muito prejudicial, pois limitam o universo lúdico da criança e é isso que devemos considerar. 


Você também pode ler: Meninos não choram?

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