Apesar dos conhecidos riscos associados ao tabagismo durante a gravidez, cerca de 10% das gestantes nos EUA são fumantes. Mas algumas novas imagens alarmantes podem fazer com que elas pensem duas vezes antes de acender um cigarro durante a gravidez. Usando exames de ultrassom de alta definição, os cientistas mostraram que o tabagismo materno pode […]
COMPARTILHE ESTE POST
Apesar dos conhecidos riscos associados ao tabagismo durante a gravidez, cerca de 10% das gestantes nos EUA são fumantes. Mas algumas novas imagens alarmantes podem fazer com que elas pensem duas vezes antes de acender um cigarro durante a gravidez.
Usando exames de ultrassom de alta definição, os cientistas mostraram que o tabagismo materno pode alterar os movimentos da boca e mão do feto, o que sugere algum comprometimento no desenvolvimento do sistema nervoso central do feto.
Pesquisadores das universidades de Durham e Lancaster na U.K analisaram 80 exames de ultrassom de alta definição de 20 fetos, coletados entre 24 e 36 semanas da gravidez, para observar a movimentação da boca e da mão. Quatro fetos estavam sendo carregados por Mães que fumavam uma média de 14 cigarros por dia, enquanto os outros fetos eram transportados por mães que não fumavam.
[adinserter block=”8″]
Os pesquisadores descobriram que os fetos cujas mães fumavam exibiam uma taxa de movimentos bucais significativamente superiores que os demais. Normalmente, os fetos movem suas bocas e se tocam, mas esse movimento tende a diminuir à medida que o feto se desenvolve e ganha mais controle sobre suas funções motoras.
Os efeitos do tabagismo nos movimentos da mão e da boca do feto são semelhantes aos observados entre fetos cujas Mães estão altamente estressadas ou deprimidas. No entanto, os efeitos da exposição à nicotina parecem ser consideravelmente mais nocivos.
Movimentos faciais de um feto carregado por uma Mãe que fumava diariamente durante a gravidez (acima) em comparação com os do feto cuja Mãe não fumava (abaixo).
Por quê? Os pesquisadores levantam a hipótese de que, quando um feto é exposto à nicotina, seu sistema nervoso central, que controla os movimentos faciais, não “se desenvolve na mesma proporção e da mesma maneira” como em fetos normais.
Entretanto, segundo o Médico Drauzio Varella, os danos causados pelo cigarro não atingem apenas os fumantes. O tabagismo passivo, chamado “Secondhand smoke” (SHS) e que consiste na inalação por indivíduos não fumantes da fumaça proveniente da queima de derivados do tabaco do cigarro, também é um fator de risco.
E não pense que o risco de exposição ao fumo passivo se extingue quando o fumante apaga o cigarro. Ele persiste por meses no ambiente frequentado pela pessoa que fuma. Por exemplo, os níveis de nicotina, alcatrão, óxido nítrico e monóxido de carbono são pelo menos duas vezes maiores na fumaça ambiental. Do mesmo modo, alguns componentes carcinogênicos são preferencialmente formados na fumaça que se acumula no ambiente e representa risco à saúde dos fumantes passivos.
Portanto, se vocês estão grávidos, ambos têm a obrigação de parar de fumar. E não estamos dizendo que é fácil, mas pelo bem de vocês e da criança que estão esperando, é absolutamente necessário.
Fonte: Revista Acta Paediatrica | Tradução e adaptação: Redação Papo de Pai
[adinserter block=”1″]
[adinserter block=”3″]
Deixe um comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.