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Foi o filósofo francês Augusto Comte que elaborou o conceito de altruísmo, em 1831. Ele definiu o termo como o conjunto de disposições individuais e coletivas que fazem com que os seres humanos se dediquem uns aos outros. Apesar de não ser uma característica inata, os bebês são capazes de aprender muito cedo, de acordo com […]

Foi o filósofo francês Augusto Comte que elaborou o conceito de altruísmo, em 1831. Ele definiu o termo como o conjunto de disposições individuais e coletivas que fazem com que os seres humanos se dediquem uns aos outros.

Apesar de não ser uma característica inata, os bebês são capazes de aprender muito cedo, de acordo com uma pesquisa feita com cem bebês de 19 meses na Universidade de Washington, nos Estados Unidos.

Para o estudo, os cientistas usaram bananas e uvas. Cada criança foi colocada em uma sala com um pesquisador desconhecido para ela.

As crianças foram separadas em um grupo controle e em um experimental. No cenário de controle, o pesquisador jogou um pedaço de fruta no chão, fora do seu alcance, mas facilmente acessível ao bebê. Depois disso, o profissional não reagiu nem tentou pegar a fruta.

No cenário experimental, ele fingiu soltar acidentalmente a fruta e, em seguida, fez tentativas fracassadas de recuperar o lanche. 

A demonstração de esforço e o desejo pelas frutas provocou uma resposta cuidadosa nos bebês. Mais da metade das crianças do grupo experimental estendeu a mão e devolveu o objeto ao pesquisador, enquanto apenas 4% dos bebês do grupo controle fizeram a mesma coisa.

“Se descobrirmos como promover o altruísmo de nossos filhos, isso nos levará a uma sociedade mais solidária”, conclui o pesquisador Rodolfo Cortes Barragan, principal autor do estudo. Tudo o que precisamos nesse momento, não? Abaixo, dicas de como fazer isso na prática:

DÊ O EXEMPLO

“O altruísmo se aplica no dia a dia da criança, quando os pais se mostram carinhosos
e cooperativos entre si e com ela, quando valorizam atitudes como emprestar brinquedos para outras crianças e respeitar o próximo”, afirma a psicóloga Carmen Alcântara, de São Paulo.

Incentive a participação do seu filho no cotidiano da casa. Ele pode ajudar a colocar a mesa, arrumar a cama ou recolher os brinquedos.

Selecionem, juntos, roupas e brinquedos que não são mais usados para doação. Diga o porquê e deixe que ele participe de todo o processo.

MAS, ATENÇÃO!

Explique ao seu filho que ele não precisa ser altruísta o tempo todo. A criança pode escolher se quer emprestar um brinquedo ou não, mas precisa saber que toda ação tem uma reação.

Nessa situação, por exemplo, você pode dizer que ele tem o direito de não emprestar ao amigo, mas pergunte como ele se sentiria na posição contrária.

A chave para o altruísmo está justamente em ajudar seu filho a fazer esse exercício de se colocar no lugar do outro.

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