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A Maya tinha 10 anos quando pela primeira vez em sua vida viu um homem mais alto do que eu.

Nós estávamos voltando de uma viagem quando paramos num restaurante de beira de estrada e encontramos um grupo de policiais.

Entre eles tinha um policial com pelo menos 2 metros de altura. A Maya ficou observando com curiosidade por alguns bons segundos, olhou pra mim e surpresa falou:

“Nossa, pai, aquele homem é maior que você!”.

Achei estranho, porque eu tenho 1,80 e obviamente já nos deparamos com vários homens bem mais altos que eu. Mas entendi naquele momento, pelo espanto dela ao me contar a descoberta, que seus olhinhos jamais tinham visto um homem que considerasse ser maior que seu pai.

Ou seja, pra minha filha, que hoje tem 11 anos, eu provavelmente ainda sou um dos homens mais altos e fortes da face da terra. E isso não é um privilégio só meu.

Em geral, todas as crianças enxergam seus pais como seres gigantes e absurdamente fortes. Porque a nossa imagem chega pra elas ampliada, depois de atravessar a grossa lente da admiração.

Sabendo disso, reflita sobre como é fácil com um simples levantar de voz causar um medo profundo nesse serumaninho que te olha lá de baixo, cheio de amor e veneração.

Imagine o que seu filho sente quando o maior herói dele ameaça, ou pior ainda, o agride, por alguma falta que ele cometeu. Talvez você tenha torcido o nariz nesse instante, por acreditar que às vezes é sim necessário uma correção com mais rigor.

Mas cá pra nós, olhando pra essa questão de forma bem racional, os argumentos de quem defende a violência (seja física, verbal ou psicológica) como ferramenta pra criar bons filhos não resistem a uma única busca no Google e viram pó com a primeira sessão de terapia.

E não precisa acreditar em mim. Sugiro que teste os dois, pra tirar suas próprias conclusões.

Agora voltando pra minha história:

A Maya tinha 10 anos quando pela primeira vez em sua vida viu um homem mais alto que eu. E talvez pro seu filho você ainda seja o maior homem do mundo.

Agora cabe a nós decidir se seremos para as nossas crianças gigantes hostis ou gentis.


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