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Ao recordar da sua infância, o que vem à mente? Talvez seja mergulhar em uma piscina em um dia quente de verão, gargalhar enquanto seus pais o empurram no balanço do parque, pedalar com seus irmãos ou desfrutar de um filme em família debaixo das cobertas em uma tarde chuvosa.

Porém, talvez você esteja entre aqueles que não têm essas boas lembranças da infância ou que têm lembranças mais duras e difíceis.

A formação da personalidade e do caráter de cada indivíduo é grandemente influenciada pelas experiências vivenciadas na infância. É nessa fase que internalizamos valores que frequentemente moldam nossas escolhas futuras.

Traumas de infância podem ter um impacto significativo na maneira como nos comportamos. Em muitos casos a pessoa nem imagina, mas age de tal maneira, devido a traumas de infância.

Na vida adulta, é necessário coragem para enfrentar nossos primeiros anos de vida e buscar a verdade sobre o que vivemos, sentimos e muitas vezes reprimimos.

Quando somos vítimas de abuso na infância, não esquecemos o que passamos e sentimos, apenas reprimimos essas lembranças traumáticas em nosso inconsciente.

Isso ocorre porque as memórias continuam registradas em nosso inconsciente e, sobretudo, porque os traumas precoces afetam áreas do cérebro.

No entanto, pessoas reagem de maneiras distintas a situações similares. Algo pode ser percebido como traumático por uma pessoa e não ser por outra, além de que nem todos que passam por experiências angustiantes desenvolvem traumas psicológicos.

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Traumas de infância x Saúde mental na vida adulta

Foto: Freepik

A violência sofrida na infância tem efeitos negativos na saúde, uma vez que gera estresse capaz de prejudicar o desenvolvimento do cérebro.

Como resultado, crianças que sofrem abuso correm maior risco de enfrentar problemas de saúde quando adultas, como alcoolismo, depressão, abuso de drogas, obesidade, comportamentos sexuais de risco, tabagismo, suicídio e doenças crônicas.

A perda de vínculos afetivos na infância, como a morte de pais ou familiares próximos, bem como a privação do convívio com um ou ambos os pais devido à separação, ou abandono, são fatores que podem levar à depressão na vida adulta.

A seguir, reunimos quatro principais consequências desses traumas na vida adulta. Acompanhe!

1. Medo de falar em público

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A insegurança de falar em público está ligada à reação da plateia. Pessoas que enfrentam dificuldades para se expressar acreditam que podem ser avaliadas negativamente, compreendidas erroneamente, e imaginam uma série de situações desfavoráveis.

Esse medo pode ser resultado de um trauma de infância, ocorrido em casa ou no ambiente escolar. Quando crianças são repreendidas ou humilhadas diante de uma plateia, elas tendem a ter medo de reviver essa situação no futuro.

Como adultos, essas pessoas podem ter dificuldade em se expressar em público novamente.

2. Baixa autoestima

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Em alguns casos, sem perceber, familiares e amigos contribuem para a pessoa desenvolver uma baixa autoestima de si mesma e de suas atitudes.

Críticas e repreensão podem levar a pessoa a ter a sensação de que nunca será boa o bastante para nada. É importante tratar desse trauma, pois ele pode desencadear problemas ainda mais sérios como a depressão e transtornos de ansiedade.

3. Agressividade

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Os casos de violência doméstica são mais frequentes do que se pensa, infelizmente. Para algumas pessoas, a violência física e verbal é vista como a única solução para um problema.

As crianças que crescem em um ambiente como esse podem, sem perceber, aprender que essa é uma forma aceitável de comportamento e tendem a reproduzir esses padrões no futuro.

4. Dificuldade de se relacionar é um dos traumas de infância mais comuns

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Pode ser que a dificuldade em estabelecer relações, tanto no âmbito social quanto profissional, esteja relacionada a traumas vividos durante a infância.

O abuso físico e psicológico pode gerar medo na pessoa de se aproximar dos outros e, consequentemente, sofrer novamente.

Como tratar os traumas de infância?

É essencial buscar a orientação de um psicoterapeuta capacitado para investigar se medos e frustrações podem estar relacionados a traumas de infância.

Por meio da psicoterapia, é possível identificar esses traumas e dar a eles um novo significado, para não interferir negativamente em sua vida.

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