Antes de tudo é importante entendermos que, sexualidade é muito mais do que genitais e sexo.
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Sexualidade tem mais a ver com identidade, afeto, cidadania e a forma como eu me relaciono comigo e com os outros, ou seja todo ser humano nasce e morre sexual, independente de ter transado ou não. e
Na Holanda a Educação Sexual começa ainda no jardim de infância, o que reduz drasticamente casos de abuso infantil, pois desde cedo as crianças aprendem sobre algo que a maioria de nós não aprendeu na infância: Consentimento e noções básicas de anatomia do próprio corpo, entendendo seus próprios limites.
A Linguagem da sexualidade positiva é adequada de acordo com a idade da criança, e os tópicos evoluem de acordo com o desenvolvimento delas.
Aos 5 anos de idade a criança aprendem sobre amor e a como manifestar esse sentimento. Também são ensinadas sobre confiança, quem faz parte da sua rede de apoio e sobre o corpo humano.
Por volta dos 7 e 8 anos elas aprendem sobre os diferentes tipos de família, falam sobre divórcio, adoção e pais do mesmo gênero, conversam sobre autoimagem, autoestima, diferenças de corpos e estereótipo de gênero. Meninas jogam bola e meninos choram pra expressar sentimentos.
Na pré adolescência abordam questões como menstruação, as mudanças que o corpo enfrenta na puberdade, sistema reprodutivo e anatomia, segurança e consentimento. São estimuladas a perceberem que são donas de próprios corpos, para que entendam a diferença entre cuidado, proteção e abuso.
A Educação Sexual serve para dar autoconhecimento e voz às crianças, e prevenir situações de abuso. Além de reduzir o bullying, pois ela é toda pautada no respeito à diversidade e acolhimento das crianças e adolescentes.
Afinal, o desenvolvimento sexual é um processo natural pelo qual todos os jovens passam – e passarão. Melhor, portanto, que eles sejam acompanhados e tenham acesso ao tipo correto de informação.
As escolas têm flexibilidade para adaptar o currículo – elaborado pelo instituto de pesquisa Rutgers WPF – conforme acharem adequado, porém certos temas básicos são obrigatórios, como a diversidade sexual e os direitos que cada um tem quanto ao seu corpo e sua vida sexual.
Esses conteúdos fazem com que as diferentes orientações sexuais sejam melhor aceitas e permite que os alunos estejam preparados para se proteger contra todo tipo de abuso ou coerção sexual.
Os resultados dessa iniciativa falam por si só

Comparados aos jovens de outros países da Europa e dos EUA, os holandeses têm sua primeira relação sexual em uma idade mais avançada. Mais impressionante ainda é constatar que essas primeiras experiências, na Holanda, são vistas como planejadas e divertidas – enquanto, nos EUA, por exemplo, 66% dos jovens sexualmente ativos responderam em pesquisa que desejavam ter esperado mais para ter sua primeira relação.
A presença de diferentes formas de proteção durante o sexo também é realidade entre os adolescentes holandeses. A consequência aparece nas estatísticas: a taxa de gravidez na adolescência da Holanda é uma das menores do mundo, assim como a incidência de HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis.
Até mesmo a OMS ja detectou o impacto da Educação Sexual no comportamento desses jovens: Segundo o órgão, quanto mais claras e de qualidade são as informações sobre sexualidade, mais tarde esses jovens iniciam a vida sexual. Trilhando por um caminho de maior segurança e consciência.
No meu próximo artigo vou falar sobre como podemos conversar sobre sexo com nossas crianças de acordo com cada idade.
Então já conta pra mim aqui embaixo nos comentários: Com quantos anos você falou – ou pretende falar – com seus filhos sobre sexualidade?
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