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A dificuldade em estabelecer uma comunicação funcional é comum em crianças no Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).

Isso porque o autismo reduz as oportunidades de aprendizagem e, muitas vezes, um dos sinais mais evidentes de que existe um atraso no desenvolvimento da criança é justamente a falta de comunicação verbal.

Aliás, a busca por profissionais e estratégias que vão auxiliar nesse desenvolvimento da fala é uma constante em famílias que convivem com o autismo.

Conforme estudo Cuidando de quem cuida: um panorama sobre as famílias e o autismo no Brasil em 2020,  42% dos cuidadores diretos definiram “falar e comunicar-se de forma verbal” como a principal prioridade no desenvolvimento da criança.

Além disso, 64% afirmou que ela já recebia intervenções em sessões de fonoaudiologia.

Essa dificuldade com a comunicação verbal desregula a criança emocionalmente e gera um comportamento desafiador. Por isso, a importância de observar comportamentos e usar estratégias que contribuam com a comunicação funcional pode contribuir com o desenvolvimento da criança.

É importante explicar que essa comunicação funcional não é necessariamente verbal, e que conseguir se expressar e comunicar a outras pessoas o que deseja ou precisa é essencial para garantir o bem-estar. Então, vamos começar falando especificamente da ligação entre bem estar e comunicação funcional.

O conceito de bem-estar é amplo e deve ser avaliado de acordo com os critérios de cada um, mas a comunicação funcional faz parte das habilidades essenciais que podem ser aplicadas e facilitar a busca pelo bem-estar

O conceito de bem-estar é amplo e se refere a diversos estados: saúde mental, física, emocional, social, financeira, dos relacionamentos e espiritualidade. Por isso, ele só pode ser avaliado pelo próprio indivíduo, de acordo com seus critérios.

Lei também: O bem-estar dos pais é essencial para o desenvolvimento da criança com autismo

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Um instrumento usado para auxiliar na visualização e busca pelo bem-estar é a pirâmide de Maslow. Veja abaixo:

bem-estar: imagem mostra pirâmica com 5 divisões da base até o topo. Cada uma representa uma etapa necessária para o bem-estar

Independentemente das necessidades individuais de cada pessoa, há certas habilidades essenciais que podem ser aplicadas e facilitar a busca pelo bem-estar: a regulação emocional, o engajamento ativo e a comunicação funcional.

Falando especificamente da comunicação funcional, ela é o meio pelo qual um indivíduo comunica espontaneamente seus desejos e necessidades de uma forma compreensível para os outros.

Sendo esse um conceito base para garantir o bem-estar, é importante buscar estratégias e instrumentos que possam auxiliar nesse processo. A seguir, vamos conhecer alguns deles.

Prancha de comunicação

A comunicação funcional pode ocorrer de diversas formas, e existem instrumentos que podem facilitar esse processo, como a prancha de comunicação.

Às vezes, é necessário pensar em instrumentos que vão auxiliar uma pessoa com dificuldade no desenvolvimento da fala a conseguir se expressar com uma comunicação funcional.

Essa comunicação pode ocorrer de diversas formas, incluindo a fala, a troca de imagens, os gestos, a linguagem de sinais e os dispositivos auxiliares.

Um instrumento comum é a prancha de comunicação, que faz parte das estratégias de comunicação alternativa. Ela é um auxílio externo que se destina a pessoas sem fala, sem escrita funcional ou em atraso na habilidade de falar, ou escrever.

Os materiais que a compõem podem ser impressos ou digitais e combinar ilustrações com símbolos e palavras escritas.

Essas imagens podem representar objetos, cores, números, indicar letras do alfabeto, expressões e ações, enfim, tudo que facilite o entendimento e a comunicação da pessoa não verbal, permitindo que ela  construa frases e se expresse da maneira que quiser.

Não se esqueça do apoio clínico: “Em processos como esse, o apoio clínico, somado aos aprendizados dos pais, é essencial para a criança alcançar o objetivo de conseguir se expressar por meio de uma comunicação mais funcional”.

Cada pessoa é única e tem uma forma diferente de aprendizado. O apoio clínico faz toda diferença para você descobrir quais são as necessidades únicas do seu filho quando falamos de comunicação”, Ashley Curcio. 

Conheça a Genial Care.

Post originalmente postado no blog da Genial Care.

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