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O nascimento de uma criança é motivo de alegria para toda família e quando se trata do filho mais novo, os pais ficam ao mesmo tempo contentes e apreensivos, pois não imaginam qual será a reação do primogênito. O fato é que o ciúme pode acontecer e todos deverão estar preparados para a novidade. Particularmente, passei […]

O nascimento de uma criança é motivo de alegria para toda família e quando se trata do filho mais novo, os pais ficam ao mesmo tempo contentes e apreensivos, pois não imaginam qual será a reação do primogênito. O fato é que o ciúme pode acontecer e todos deverão estar preparados para a novidade.

Particularmente, passei por isso com a chegada da minha irmã caçula. Na ocasião eu tinha apenas três anos de idade e sinais de regressão se tornaram evidentes, como por exemplo: Choro sem causa aparente, pedido para mamar no peito, e eu que já controlava o coco ou xixi. Voltei a usar fraldas, de acordo com relatos dos meus pais. 

A chegada do irmão mais novo exige um processo de adaptação de todos e o diálogo dentro do ambiente familiar é fundamental. Hoje em dia, estou na posição de pai e percebo como foi difícil todas essas mudanças em um curto espaço de tempo.

Aqui em casa éramos eu, minha esposa e a nossa primogênita, que tinha acabado de completar um ano de idade. Quando descobrimos que estávamos no aguardo do nosso caçula, conversamos desde o início da gravidez com a nossa pequena. Fizemos com que ela sempre participasse na organização do quarto, roupas, brinquedos, entre outros.

 Com o passar do tempo, eu e minha esposa fomos construindo, ou tentando construir, o melhor ambiente para lidar com os efeitos do nascimento do bebê e a reação da nossa primogênita.

O resultado é que os meses de preparo para chegada do mais novo integrante foi de fato carregado por um turbilhão de sentimentos, confesso que superou todas as minhas expectativas, positivamente. A nossa filha mais velha nos surpreendeu e aceitou de forma muito tranquila todas essas mudanças.

O tão aguardado dia chegou e, com ele, aquele sentimento de que a nossa filha não teria mais a “exclusividade”. A impressão foi de que aquele bebê de apenas um ano e nove meses cresceu de forma repentina, durante os três dias que a mamãe ficou no hospital.

Ao adentrar o apartamento, apresentamos o irmãozinho e, de imediato, falamos que iria presenteá-la com um brinquedo e a reação foi a mais linda possível. 

Os dias se passaram e os dois primeiros meses foram bem desgastantes,por mais que eu fizesse de tudo para minimizar o distanciamento físico da nossa primogênita com a mamãe, ainda assim, ela queria passar um tempinho com a mãezinha dela e esse momento era inevitável.

A todo momento procurávamos manter a nossa filha mais velha do nosso lado, fizemos com que ela participasse do banho, troca de roupas e fraldas; passeios, fotos com o irmão e, no final, sempre falávamos palavras positivas e de agradecimento.

É verdade que tivemos momentos bem difíceis, como por exemplo, a regressão do sono com despertares noturnos, típicos dos três primeiros meses. Vieram também a solicitação de colo com mais frequência, balbuciar como um bebê, e o pedido para mamar, foram alguns dos comportamentos associados à chegada do irmão. Apesar disso, sempre procurávamos não recriminá-la e a paciência foi um fator determinante. Afinal de contas, aquele momento era uma fase e iria passar. 

Portanto, para os papais que estão passando, ou que irão passar, por esse momento, as dicas que dou são: Deixe o filho mais velho participar da gestação e reserve um tempo para ficar somente com ele, procure realizar brincadeiras mais silenciosas para que não acorde o caçula e, consequentemente, tenha um tempo maior para  ficar com ele.

Um bom diálogo para evitar ciúme, brincar com o mais velho e com o recém-nascido ao mesmo tempo, e incluir o primogênito nos cuidados do bebê, poderão ajudar a criança e fazer com que a mesma se sinta segura e amada. No final, eles sempre nos surpreendem.
 

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