Os pais não devem perder a paciência, mas todo mundo perde. Ainda é possível ser um bom pai depois.
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É difícil ser um pai calmo. A falta de sono, a inexperiência, a insegurança, as novidades, as pressões sociais – tudo isso atrapalha o esforço para ficar tranquilo, não é mesmo? Sabemos que, em muitos momentos, é inevitável perder a paciência.
E isso pode ser perturbador para as crianças. Segundo pesquisas, o estresse da exposição do nervosismo dos pais pode criar padrões de comportamento que afetam a socialização futura, a autoestima e o gerenciamento emocional.
A exposição à volatilidade pode até levar a problemas de ansiedade e TOC. Embora a solução ideal seja manter a calma, a solução mais viável é saber como acalmar uma criança.
“As crianças aprendem constantemente com seus ambientes, especialmente seus relacionamentos primários”, explica Shanna Donhauser, terapeuta familiar e especialista em saúde mental infantil em Seattle. “A ruptura e o conflito são inevitáveis. Mas reparar essas rupturas fortalece os relacionamentos e constrói a base de confiança, conforto e segurança.”
Agir como se nada tivesse acontecido não é uma solução. Deixadas para processar essas emoções e experiências por conta própria, as crianças podem tirar algumas conclusões muito prejudiciais.
Confira quatro passos que vão de ajudar:
1 – Acalme-se

Antes de tentar consolar uma criança assustada, os pais precisam ter um controle firme de suas próprias emoções.
“É como a regra de segurança das companhias aéreas – “Proteja sua própria máscara de oxigênio antes de tentar ajudar os outros”, diz Donhauser. “Você não pode apoiar seu filho quando ainda está com raiva ou no processo de se acalmar.”
Caso demore para se acalmar – faça uma longa caminhada ou vá até a academia, ou tenha um período prolongado de relaxamento – não há problema de explicar à criança o que está acontecendo.
2 – Reflita sobre o que a criança viu

Os pais devem ver a situação do ponto de vista dos filhos – um pai é maior, mais forte e mais barulhento. Houve gestos ou posturas agressivas? Algo foi jogado ou quebrado?
“Não faça isso até que esteja calmo”, adverte Donhauser. “Isso provavelmente reativará um pouco suas emoções.”
3 – Repare o dano!

Convide a criança a sentar em um local seguro e confortável. Algumas não vão querer falar diretamente sobre o que aconteceu e vão querer brincar enquanto trabalham com suas emoções. E está tudo bem.
“Compartilhe suas intenções e emoções”, aconselha Donhauser. “Em seguida, traga seu filho para o processo de reparo para que ele possa co-criar soluções para esse problema. As crianças são criativas e geralmente apresentam ótimas soluções quando têm a oportunidade. Quando convidados a criar soluções, eles também são mais propensos a permanecer cooperativos e seguir em frente.”
4 – Conecte-se com a criança

Após o reparo, é hora de se conectar com seu filho – ir ao parque, andar de bicicleta ou apenas brincar juntos são ótimas dicas. Isso não é “compensar” nada; em vez disso, é para mostrar como o relacionamento ainda é forte.
Os pais precisam perceber que os filhos não se sentem apenas fisicamente ameaçados por uma demonstração de nervoso, mas também temem que o próprio relacionamento esteja em perigo.
E é por isso que é tão importante manter o controle. Se não puder, considere consultar um profissional. Pode parecer embaraçoso ou vergonhoso abordar uma perda de controle em termos diretos; pode ser ainda pior ao procurar ajuda profissional para padrões de comportamento pouco saudáveis.
Um comentário
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Olá, me chamo Maria, tenho dois filhos incrivelmente lindos.
Mas sigo com um peso no qual não sei mais por onde recorrer. Meu filho mais velho vai completar 7 anos e deis dos seus 2 anos ele parou literalmente de comer. Após esses tempos, seguimos com exames, psicólogo, nutricionista, psiquiatria… Sim , devido o texto anexado me comoveu porque havia momentos que acontecia cenas de desconforto para o meu filho, em questão da falta de comunicação sensata com o meu cônjuge. Não me fortalece ver que o meu filho não consegue e não tenta se esforçar para ter uma alimentação saudável, enquanto o mais novo se esforça para se alimentar nessa fase da adaptação.
Já fiz de tudo, e hoje em dia eu não sei exatamente mais como fazer, reagir, conversar se explicar… é muito doloroso e difícil, essa fase essa questão que faz pensar que ele não queira não aceite e não se esforça em procurar se esforçar, se interessar.
Isto é apenas um relato… Mais eu creio 🙏🏽