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Sabe aquela lista de afazeres que realizamos todo santo dia, pela manhã, onde colocamos todos os nossos afazeres e compromisso do dia? Então, a essa lista mental invisível damos o nome de “Carga Mental”. Ela pode ser tomada por afazeres profissionais, domésticos, sociais, familiares, entre outros. Onde grande parte dessa carga tem impacto direto no emocional da pessoa […]

Sabe aquela lista de afazeres que realizamos todo santo dia, pela manhã, onde colocamos todos os nossos afazeres e compromisso do dia?

Então, a essa lista mental invisível damos o nome de “Carga Mental”. Ela pode ser tomada por afazeres profissionais, domésticos, sociais, familiares, entre outros. Onde grande parte dessa carga tem impacto direto no emocional da pessoa submetida a tal impacto. Entretanto, ela não esta distribuída igualmente entre os parceiros de uma casa. 

É fato que as mulheres estão suportando um peso muito maior nessa divisão de afazeres. No Brasil, de acordo com dados do IBGE referentes a 2018, as mulheres gastam em média 21 horas por semana com os trabalhos domésticos, enquanto os homens apenas metade desse tempo. 

Isso quer dizer que as mulheres brasileiras estão sobrecarregadas com um conjunto de afazeres e preocupações, que não são exclusivas dela, mas sim da família como um todo. Inclusive, preocupações que são inerentes aos homens, ou que poderiam ser divididas, para que as mulheres não se sobrecarreguem, física e emocionalmente.

Nossa sociedade, de forma orgânica, social e histórica, depreciou os afazeres domésticos diminuindo o valor dessas atividades, subjugando a mulher a desempenhar esse papel.

Isso é um fato e não apenas uma idéia. Segundo o mesmo estudo, os homens ao se casarem se sentem indevidamente liberados dessas funções, isso é demonstrado pela porcentagem de homens que, quando solteiros, desempenham as funções domésticas e quando se casam delegam essas funções para as mulheres. São 92,7% dos homens solteiros fazendo os afazeres domésticos contra apenas 58,4% dos casados.

Mas felizmente essa situação vem mudando com a Geração Z (nascidos a partir de 1995), onde o papel de homens e mulheres vem sendo socialmente equiparados.

Isso não quer dizer que o problema esteja resolvido, pelo contrário, o número de pessoas que foram criadas em outras gerações ainda é maior. A caminhada esta apenas começando, mas o primeiro passo já foi dado.

O que podemos fazer para equilibrar a carga mental dentro do ambiente familiar?

Primeiramente, precisamos da luz a essa carga invisível, colocá-la para fora. Isso mesmo! Saber quais são os afazeres, e classificá-los, tornará a tarefa de dividi-los mais fácil. Todos podem compartilhar dessa carga. Afinal, moram juntos, todos dividem o mesmo teto!

De crianças a adultos, todos podem pegar algo para si. Crianças podem informar quando estão sem roupas para o dia seguinte, podem lembrar de levar o lixo para fora de casa, entre outras coisas.

Um dos adultos pode cuidar dos médicos da família, outro das compras semanais, um de pagar as contas fixas e outro das tarefas das crianças, e assim por diante. 

Não adiante pegar as coisas para você, a fim de torná-las mais rápidas ou do seu jeito. Desapegue. O homem é capaz de trocar as fraldas das crianças. Pode não ficar bom nas 20 primeiras vezes mas uma hora ele acerta.

A conta de luz será paga com atraso por um ou dois meses mas logo mais ele irá colocar um alarme no celular para lembrar desse “detalhe” tão básico.

Enfim, troque a palavra ajudar por compartilhar. Ninguém esta ajudando ninguém. Vocês moram juntos e compartilhar a carga mental é sua obrigação, caso contrário, alguém acabara a semana exausto e mal humorado.

Em tempos de isolamento social, se tornará mais fácil observar e ficar atento, verificando se você não está delegando toda a carga mental de sua família apenas para uma pessoa. Converse e faça a lista e comece a compartilhar. Sua família agradece. 

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