Eu acho que você tá grávida “Eu acho que você tá grávida”, eu disse pra minha namorada, antes dela fazer o teste que, mais tarde, confirmou meu pressentimento. Eu não sei como explicar, mas as vezes a gente sente essas coisas. Acho que as mulheres também sentem essas coisas, inclusive mais frequentemente e em maior […]
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Eu acho que você tá grávida “Eu acho que você tá grávida”, eu disse pra minha namorada, antes dela fazer o teste que, mais tarde, confirmou meu pressentimento. Eu não sei como explicar, mas as vezes a gente sente essas coisas.
Acho que as mulheres também sentem essas coisas, inclusive mais frequentemente e em maior intensidade, já que vocês tem muito mais sensibilidade que a gente. Mas de vez em quando, se estivermos prestando atenção, a gente sente as coisas também.
Assim foi nossa primeira gravidez: a Ana teve pouco líquido aminiótico e precisou ficar em repouso. Ela adorou muito isso. Sobrou pra mim cuidar de quase tudo, inclusive, tratar um chulé inexplicável que a Ana desenvolveu, não sei nem como e nem porquê.
Eu passava talco naquele pezinho aromático todos os dias, lutando contra aquela força do mal, na esperança de que minha filha não herdasse o odor. Agradeço aqui, publicamente, ao polvilho antisséptico Granado.
Ao homem sobra uma tarefa estúpida, durante a gravidez, de fingir que está fazendo muita coisa para ajudar a mulher, quando na verdade não pode fazer grandes coisas.
Quem está sofrendo com cólicas, calor, perna inchada, desejo de comer acerola da Nova Zelândia, quem está passando por tudo isso é a mulher.
Cabe ao homem fazer todo o resto – louça, chão, roupas, pintar o quarto do bebê e comprar um berço que caiba no orçamento, cadeirinha, andador, cadeirão de comer. Mas todo o resto é nada perto do que a mulher está passando.
Por isso, quando comecei a comentar como seria legal ter um novo filho, sete anos depois da primeira, minha mulher odiou a ideia. Foi preciso uma visita da sogra, um jantar entre amigos, muito vinho e saquê, uma desatenção proposital e pimba! Eu disse pra ela quinze dias depois:
“Eu acho que você tá grávida”. Ela riu, falou que não era possível, fez um exame de sangue e os números eram inconclusivos. Eu disse: “Eu acho que você tá grávida. Acho que o exame foi feito muito cedo e logo esses números vão aumentar, confirmando a gravidez”.
Dito e feito. De vez em quando, se estivermos prestando atenção, a gente sente as coisas também. E, dessa vez, nosso estoque de talco antisséptico estava preparado.
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