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Muitas vezes a vida nos faz ter muito foco e velocidade para vencermos a dura batalha profissional, isso nos deixa mais ausentes e perdemos a atenção com detalhes ao nosso lado, principalmente a relação com nossos filhos. Há uma vasta literatura médico-científica que mostra mais especificamente os resultados nas lacunas da relação pai e filha  e isso também […]

Muitas vezes a vida nos faz ter muito foco e velocidade para vencermos a dura batalha profissional, isso nos deixa mais ausentes e perdemos a atenção com detalhes ao nosso lado, principalmente a relação com nossos filhos.

Há uma vasta literatura médico-científica que mostra mais especificamente os resultados nas lacunas da relação pai e filha  e isso também observo na prática de consultório. Meninas com os mais variados transtornos alimentares, gritando em suas almas por socorro, embora seja um grito abafado.

No que se refere à vinculação com a figura paterna, a literatura encontrada é concisa ao afirmar que a existência de um vínculo pouco seguro, distante e com poucas possibilidades de comunicação com o pai, está correlacionada positivamente com o desenvolvimento de transtornos alimentares  nas filhas, como a anorexia e bulimia.

Estudos reportaram que o distanciamento entre pai e filha se intensifica com o início da adolescência. Diante do afastamento paterno, observou-se   que as filhas temem ser rejeitadas pelo pais.

Devido ao receio do abandono, as filhas idealizam a figura paterna, além de enfatizarem as similaridades entre seu temperamento e o dos pais.

 Em contrapartida, famílias que tinham uma filha anoréxica apresentavam as seguintes características:
•    Problemas de comunicação, não escutando e inclusive rejeitando o que a jovem pretendia dizer.
•    Os pais não assumiam a coliderança no lar e muito menos as responsabilidades inerentes a eles. 
•    Existiam  carências importantes na relação entre pais e filhos.
•    A desilusão e a infelicidade no casamento dos pais se escondia sob uma fachada, mas de uma maneira que as crianças percebiam e acabavam tomando parte nos problemas do casal.

Além do vínculo pouco seguro, Pesquisadores acrescentam que a existência de uma vinculação permeada por conflitos entre pai e filha pode contribuir para o desenvolvimento de transtornos alimentares  nas filhas.

Esses  conflitos estão relacionados ao medo que as filhas sentem em relação ao pai. Assim, observou-se que a existência de uma comunicação eficaz entre pai e filha pode reduzir as possibilidades do desenvolvimento de sintomas desses transtornos nas filhas.

O Papel dos pais, em relação aos transtornos alimentares, pode se tornar bastante difícil, porque os adolescentes costumam se fechar em si mesmos e não se comunicar.

Entretanto, repreender, castigar e não entender o que acontece com eles, pode piorar ainda mais a situação. Por isso, é muito importante saber como agir nesses casos.

Se esse é seu caso, além de muito amor e paciência, você irá precisar de ajuda profissional para esse longa estrada mas cujo destino sem duvida vale todo sacrifício. Não há tesouro maior que nossa família e nada é sacrifício pra ver nossos filhos felizes. 
 

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