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Não adianta só comprar a cadeirinha do carro para o seu filho. É preciso ler o manual, prestar atenção em detalhes essenciais para que ela funcione como deve e seguramente proteja o pequeno de possíveis acidentes.

Seja por falta de informação, por conta de manuais complexos e, muitas vezes, também devido a maus hábitos, é comum cometer certos erros na instalação da cadeirinha de carro do seu filho.

De nada adianta ter um suporte confortável e moderno se ele não é alocado corretamente no carro, pois assim você deixa o seu filho correndo tanto risco quanto ele correria viajando sem a cadeirinha.

Confira abaixo a lista com os erros mais comuns na hora de usar a cadeirinha.

1 – Não conferir as instruções de uso

Em primeiro lugar, é preciso ler com atenção as instruções de instalação! Sabemos que muitos não o fazem, mas por ser uma ferramenta de segurança para crianças é imprescindível conferir todas as especificações.

Graças a tecnologia, hoje somos bombardeados de informações – conteúdos em diversos sites, vídeos no YouTube e por aí vai. Por isso, não há desculpas para manter-se informado.

➡ Dica: guarde o manual dentro do carro para fácil acesso.

2 – Não se atentar aos ângulos da cadeira

Fonte da imagem: divulgação

Este gesto é especialmente importante para os recém-nascidos. As cadeiras que são colocadas de costas para o condutor, devem ter um ângulo de 45 graus.

Se a cadeira não estiver instalada conforme os ângulos descritos nas instruções do fabricante, é sinal de perigo para o bebê. Os assentos verticais são perigosos para os recém-nascidos que ainda têm os músculos do pescoço muito moles e pouco fortalecidos.

Outro ponto a ser observado é a classificação, que deve estar estampada com a certificação de que o equipamento obteve aprovação nos testes exigidos pelas normas técnicas de fabricação e segurança (selo de conformidade e órgão certificador).

3 – Não fazer a transição no momento certo

Fonte da imagem: divulgação

A cadeirinha só deve ser virada para a frente quando o bebê atingir o peso ideal e a idade correta. Antes dos dois anos de idade, a coluna do bebê ainda está em formação.

Por isso, a posição aconselhada é de costas para o condutor pois desta forma, e em caso de impacto, é mais seguro e a probabilidade de causar danos na criança é menor.

Lembre-se: nunca se deve levar as crianças no colo.

4 – Comprar em segunda mão

Muitos não sabem, mas as cadeirinhas também têm prazo de validade. A idade máxima para o uso de uma cadeirinha é de 6 anos, tendo em conta que os plásticos se danificam com o tempo. Além disso, a tecnologia e os regulamentos de segurança mudam muito rapidamente.

Portanto, comprar uma cadeirinha em segunda mão – de desconhecidos ou pela internet – é um grande risco para a segurança do seu filho.

5 – Usar a cadeirinha mal instalada ou frouxa

Fonte da imagem: divulgação

Siga as instruções do fabricante para descobrir por onde passar o cinto de segurança do seu carro na cadeirinha, que sempre deve ser instalada no banco traseiro.

Verifique se o cinto é realmente apropriado para o tipo de modelo que você comprou. Segundo a organização Criança Segura, a maioria das cadeirinhas não é bem instalada, o que coloca em risco a vida da criança.

Para usar o sistema de fixação com o cinto, se for preciso, você deve literalmente subir na cadeirinha com o joelho para, com seu peso, conseguir o ajuste mais firme. A cadeirinha não pode se mexer mais que dois dedos para um lado ou para o outro, quando estiver presa no carro. Se estiver se mexendo, aperte mais o cinto.

6 – Deixar o cinto de segurança largo demais na criança

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O cinto da cadeirinha tem de ficar justo na criança para que ela não consiga se soltar com facilidade e nem sofra impacto com o próprio cinto em caso de batida.

Afivele o cinto e veja se a distância entre ele o corpo do bebê é de um dedo. Se conseguir enfiar dois dedos, um por cima do outro, o cinto precisa ser ajustado.

É necessário tirar aquele casaco mais grosso da criança para ficar mais fácil colocá-la no cinto e para que ele funcione como deve.

O cinto precisa passar por cima do ombro da criança. Nunca prenda só a parte de baixo. O impacto da barriga da criança com o cinto, na região abdominal, sem os ombros estarem presos, pode causar danos internos graves aos órgãos em caso de freada ou acidente.

Se houver um clipe unindo as duas alças do cinto na altura do peito da criança, preste atenção para deixá-lo bem em cima do osso do peito, que é a parte mais dura e protegida do tórax. Posicione-o na linha da axila da criança.

7 – Encher a cadeirinha com acessórios

Fonte da imagem: divulgação

Brinquedos, encostos para a cabeça, fraldas… Todos esses acessórios não são boa ideia para ter numa cadeirinha. Se não veio com a cadeira quando a comprou, significa que não foi testado em caso de acidente.

Diferenças entre bebê conforto, cadeirinha e assento de elevação

Vale lembrar que os veículos são fabricados para transportar pessoas com, pelo menos, 1,45m de altura, de forma segura. Por isso, escolher corretamente o dispositivo de retenção veicular é tão importante.

Bebê conforto

  • Previne a expulsão do bebê em caso de colisão ou freada brusca
  • Tem cintos que passam nas partes fortes do corpo da crianças
  • Distribui a força da colisão por toda a área do corpo
  • Ajuda o corpo a desacelerar no momento da colisão
  • Protege a cabeça e a coluna vertebral do bebê

Cadeirinha

Conta com um sistema de retenção de cinco pontos, como nos cintos de segurança de veículos de corrida profissional, o que distribui melhor a energia do impacto em caso de colisão e aumenta a chance de sobrevivência.

Assento de elevação

O equipamento serve para que a criança, sentada, fique mais alta. Assim, o cinto de segurança do carro passará nas partes do corpo que são capazes de suportar o impacto de uma colisão ou freada brusca (quadril, centro do peito e meio do ombro).

Como escolher o dispositivo de retenção veicular certo

É preciso avaliar a idade, peso e altura das crianças, e ficar atento ao momento certo de trocar o dispositivo.

0 a 1 ano de idade

Do momento em que nascem até completarem, pelo menos, 1 ano de idade – ou até atingirem o peso máximo indicado pelo fabricante (geralmente 13 kg) –, os pequenos devem utilizar o bebê conforto.

1 a 4 anos de idade

De 1 até aproximadamente os 4 anos de idade – ou enquanto estiverem na faixa de peso limite indicado pelo fabricante do dispositivo (geralmente de 9 kg a 18 kg) –, as crianças devem usar a cadeirinha.

Até 1,45m de altura

Após os 4 anos de idade, enquanto estiverem no limite da faixa de peso indicado pelo fabricante do dispositivo (geralmente de 15 kg a 36 kg) – ou até atingirem 1,45m de altura, as crianças devem usar o assento de elevação.

Vale ressaltar que o uso correto da cadeirinha, segundo a organização Criança Segura, aumenta em até 71% a chance de sobrevivência a um acidente de carro.


Quais outros erros que você já cometeu? Deixe nos comentários! Para alertar outros pais e familiares sobre esse importante assunto, compartilhe esse conteúdo. 😉

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