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A empatia está no cerne do que significa ser humano. É uma base para agir eticamente, para boas relações de muitos tipos, para amar e para o sucesso profissional. E é fundamental para evitar bullying e muitas outras formas de crueldade. A empatia começa com a capacidade de tomar uma outra perspectiva, andar com um sapato […]

A empatia está no cerne do que significa ser humano. É uma base para agir eticamente, para boas relações de muitos tipos, para amar e para o sucesso profissional. E é fundamental para evitar bullying e muitas outras formas de crueldade.

A empatia começa com a capacidade de tomar uma outra perspectiva, andar com um sapato que não é o seu. Mas não é apenas isso. Os vendedores, os políticos, os atores e os comerciantes são frequentemente muito hábeis em fazer exame de outras perspectivas mas podem não importar-se sobre outro. Assim como pessoas cruéis podem tomar outras perspectivas apenas para que possam explorar as fraquezas do próximo. A empatia se trata principalmente  de compaixão.

Mas como os pais podem cultivar a empatia em seus filhos? A seguir estão cinco passos retirados de um estudo da Harvard University que vão te ajudar a chegar lá.

1. Empatize com seus filhos

 

5 passos para ensinar empatia aos seus filhos - papodepai.com Créditos: Tamara Camera Photography

As crianças aprendem empatia tanto por nos observar, quanto por experimentar nossa empatia por eles. Quando nos identificamos com nossos filhos, eles desenvolvem ligações confiantes e seguras conosco. Esses vínculos são fundamentais para que eles desejem adotar nossos valores, imitar nosso comportamento e, portanto, empatizar com os outros.

Empatizar com os nossos filhos pode acontecer de muitas formas, incluindo a adaptação às suas necessidades físicas e emocionais, compreensão e respeito pelas suas personalidades individuais, tendo um interesse genuíno em suas vidas e guiando-os para atividades que refletem a compreensão do tipo de pessoas que são e as coisas que eles gostam.

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As crianças também aprendem empatia assistindo como agimos com o próximo. Elas vão perceber se tratarmos um garçom, um carteiro ou um gari como se eles fossem invisíveis. Também perceberão se deixarmos um pedestre atravessar ou expressarmos preocupação com outra criança da classe deles que tenha alguma dificuldade.

Finalmente, é importante reconhecer o que pode estar ficando no caminho da nossa empatia. Estaremos, por exemplo, exaustos ou estressados? Será que estamos guardando mágoa por algo que nossos filhos fizeram?

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Experimente o seguinte:

Conheça seus filhos: faça perguntas a eles. Por exemplo, “o que você aprendeu hoje que foi interessante?” “Qual foi a parte mais difícil do seu dia?” “Como você mais gostaria de passar um dia se pudesse fazer qualquer coisa?” “Você tem um amigo de quem gosta de uma forma especial?” “Por que você gosta tanto dessa pessoa?”

Demonstre empatia pelos outros, incluindo aqueles diferentes de você: considere regularmente envolver-se em serviço comunitário ou outras formas de contribuir para uma comunidade. Ainda melhor, considere fazer isso com seus filhos. Expresse o interesse nas minorias que enfrentam muitos tipos diferentes de desafios.

Engaje-se no autocuidado e auto-reflexão: tente encontrar tempo para participar regularmente de uma atividade – seja para passear, ler um livro, meditar ou orar – que possa ajudá-lo a evitar ser dominado pelo estresse. Reflita e consulte as pessoas em quem confia quando você está tendo dificuldade em ter empatia com seu filhos.

2. Mostre que se importa com ética e bons princípios

 

5 passos para ensinar empatia aos seus filhos - papodepai.com

Se as crianças devem valorizar as perspectivas dos outros e demonstrar compaixão, é muito importante que elas ouçam isso de seus pais.

Experimente o seguinte:

Seja claro: considere as mensagens diárias que você envia para os seus filhos sobre a importância de cuidar. Por exemplo, em vez de dizer “a coisa mais importante é que você seja feliz”, você pode dizer “a coisa mais importante é que você seja gentil e feliz”.

Demonstre se importar com o próximo quando conversa com outros adultos: por exemplo, pergunte aos professores se seus filhos estão cuidando dos amiguinhos além de questionar sobre suas notas ou desempenho.

Ajude seus filhos a entenderem que o mundo não gira em torno deles: é vital, às vezes, que os pais coloquem a preocupação dos filhos por outros acima de sua felicidade. Por exemplo, insistindo que desliguem a TV e ajudem em casa, que sejam educados mesmo quando estão de mau humor ou conversando com outras crianças ou adultos.

3. Forneça oportunidades para as crianças praticarem a empatia

 

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As crianças nascem com a capacidade de empatia, mas precisam ser nutridas ao longo de suas vidas. Aprender empatia é, em certos aspectos, como aprender uma língua ou um esporte. Requer prática e orientação. Considerar regularmente as perspectivas e circunstâncias de outras pessoas ajuda muito nesse processo. Um reflexo natural e, por meio de tentativa e erro, ajuda as crianças a melhorarem a sintonia com os sentimentos e realidade dos outros.

Experimente o seguinte:

Comece dentro de casa: realize reuniões familiares quando houver desafios ou conflitos, e nessas oportunidades dê voz às crianças e incentive-as a enxergar a partir do ponto de vista de outros membros da família. Ouça com atenção opinião de seus filhos e peça a eles que também ouçam atentamente o que os demais têm a falar.

Encoraje a empatia com os colegas: diga às crianças que se coloquem no lugar do amigos quando tiverem algum conflito.

Reflita e converse sobre empatia e carinho: quando alguém na vida real, filme ou novela agir com empatia, explique e discuta sobre por que isso é importante e como a falta dela pode ser prejudicial.

Discuta dilemas éticos: isso ajuda seus filhos a apreciarem várias perspectivas. Por exemplo, “devo convidar um novo vizinho para a minha festa de aniversário quando meu melhor amigo não gosta dele?” “Devo dizer à minha amiga que seu namorado (que também é meu amigo) está enganando ela?”

Incentive o trabalho em equipe: ajude a criar situações onde seus filhos tenham que trabalhar e realizar tarefas com outras pessoas, resolvendo problemas ou em prol da comunidade.

4. Expanda o círculo de preocupação de seus filhos

 

5 passos para ensinar empatia aos seus filhos - papodepai.com

Muitas vezes falamos em empatia como uma quantidade. Por exemplo, falamos de crianças como tendo um monte, um pouco ou totalmente sem empatia. No entanto, a questão muitas vezes não é se as crianças podem ou o quanto têm de empatia. É com quem elas têm empatia. Para a maioria de nós, não é difícil ter empatia com os nossos familiares e amigos próximos. É da natureza humana ter empatia por pessoas que são como nós de alguma forma. Mas o grande desafio para as crianças (e adultos) é ter empatia fora desse círculo. Como pais e cuidadores, não é apenas importante que modelemos a apreciação de muitos tipos de pessoas. Mas é fundamental orientá-las para que acolham os que são diferentes delas e que podem estar enfrentando desafios distintos.

Experimente o seguinte:

Dê exemplos que seus filhos possam compreender: use histórias de filmes ou notícias para iniciar conversas com eles sobre as dificuldades e desafios de outras pessoas, ou simplesmente as experiências diferentes de crianças em outro país ou comunidade.

Fale sobre a importância de não julgar sem antes conhecer: enfatize que seus filhos devem realmente ouvir os outros, especialmente os desconhecidos. E considerar os sentimentos daqueles que podem ser vulneráveis, como uma criança que enfrenta problemas familiares ou que seja impopular. Dê a ele algumas idéias simples para agir, como consolar um colega de classe que foi provocado.

5. Ensine a lidar com os sentimentos

 

5 passos para ensinar empatia aos seus filhos - papodepai.com

Quando as crianças não expressam empatia não significa que não a têm. Elas podem estar sendo bloqueadas por algum sentimento. Em muitos casos a capacidade de cuidar dos outros é oprimida, por exemplo, pela raiva, vergonha, inveja ou outros sentimentos negativos.

Ajudar as crianças a gerenciar esses sentimentos negativos, bem como estereótipos e preconceitos sobre os outros é, muitas vezes, o que “libera” a sua empatia.

Experimente o seguinte:

Dê nome aos bois: explique para os seus filhos qual é o nome de sentimentos difíceis como frustração, tristeza e raiva e o incentive a falar com você sobre o por quê está se sentindo dessa maneira.

3 passos para o auto-controle: uma maneira simples de ajudar as crianças a gerenciar seus sentimentos é praticar três passos simples juntos: 1. parar; 2. respirar fundo pelo nariz e exalar pela boca; 3. contar até cinco. Experimente quando seus filhos estiverem calmos. Então, quando estiverem bravos ou chateados, lembre-os desses 3 passos e façam juntos.

Ensine como resolver conflitos: considere um conflito que você ou seus filhos testemunharam ou experimentaram que acabou mal, e dê o play de maneiras diferentes. Tente alcançar a compreensão mútua – ouvir e parafrasear os sentimentos um do outro até que todos os atores se sintam compreendidos. Se o seus filhos percebem que você está tendo um sentimento difícil, preocupado, converse com eles e conte como está lidando com isso.

Fonte: Harvard University   |   Tradução e adaptação: Redação Papo de Pai

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